Propriedades familiares de criação de suíno: pesquisa e ação de extensão para o controle das parasitoses no município de Cachoeiras de Macacu, RJ

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Class, Camila Souza Carvalho
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Parasitos; Sus scrofa; Balantoides coli; Isolamento in vitro; Análise molecular; Suínos; Cachoeiras de Macacu (RJ); Extensão universitária; Parasites; In vitro isolation; Molecular analysis
• Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/26166

Parasitos de suínos podem determinar interferências no seu desenvolvimento acarretando prejuízos econômicos ao produtor, bem como apresentarem potenciais de transmissão zoonóticos. Neste contexto, objetivou-se avaliar as parasitoses de suínos e seus produtores em criações familiares localizados em Cachoeiras de Macacu, RJ por diferentes ferramentas laboratoriais associado a aplicação de ações extensionistas para mediar informações profiláticas. Entre 2020 e 2022 foram coletadas fezes de 180 suínos e 142 raspados das orelhas desses animais. Além disso, foram coletadas 34 amostras de fezes de produtores e informações com formulários. As amostras biológicas foram submetidas às técnicas parasitológicas qualitativas e quantitativas. Formas de protozoário do Filo Ciliophora foram isoladas em meio Pavlova com água de coco (PA), fetal bovino (PB) e cavalo (PC). Análises moleculares foram realizadas nos isolados in vitro mantidos até o 5º dia de incubação e morfológicas naqueles mantidos a longo prazo. A seção 1 visou avaliar os parasitos de suínos e seus produtores associando fatores de risco inerentes as infecções, bem como aplicar atividades extensionistas. Parasitos gastrointestinais foram detectados em 86,1% dos suínos, destacando Filo Ciliophora, estrongilídeos, Strongyloides ransomi, coccídios, Ascaris suum e Trichuris suis com positividade significativa. Sarcoptes scabiei var. suis foi identificado nos raspados. No modelo de regressão logística a faixa etária demonstrou associação em relação a frequência dos parasitos, bem como tipo de alimentação fornecida aos animais, forma de lavagem das instalações, cuidados com leitões, tipo de instalação e piso. A frequência das parasitoses nos produtores foi baixa, sendo relatado pelos mesmos uso de ivermectina para evitar Coronavírus. Os suinocultores participaram das atividades extensionistas, interagindo na palestra “Parasitas e a importância de seu controle”, “porco feliz e porco triste”, “Dia de campo” e “Correção do dever de casa”. A seção 2 pleitiou comparar as técnicas coproparasitológicas quantitativas. Nesta análise foram incluídas 74 fezes de suínos, podendo-se verificar uma superioridade na frequência de diagnóstico de ovos de nematoides por meio do Mini-FLOTAC. Já, no McMaster foi evidenciado os maiores valores médios no OPG para A. suum, T. suis e estrongilídeos. Na seção 3 foi realizado isolamento de ciliados em meios acrescidos de diferentes soros caracterizando os mesmos por ferramentas moleculares e morfológicas. Para o cultivo do protozoário do Filo Ciliophora foram selecionadas 31 amostras, sendo o maior sucesso do isolamento gerado com PB, seguido de PC e por último PA. Foram obtidas sequências nucleotídicas com identidade para Balantioides coli acima de 97% em 17 isolados do PB, 14 do PC e 6 do PA. Destas, 20 foram classificadas como variante B0, duas A1 e 15 A0. Em dois isolados A0 mantidos por um ano em meios acrescidos de soros distintos foram visualizadas na microscopia as mesmas estruturas internas, destacando macronúcleo, dois vacúolos contráteis e vacúolos alimentares de quantidades variadas. O alto índice de parasitos detectados nos suínos ressaltou as precárias condições de manejo das propriedades, incluindo aqueles que apresentam perfil zoonótico com B. coli do tipo A0. Este estudo ampliou informações biológicas, morfológicas e moleculares de isolados mantidos em meios de cultivo que poderão ser aperfeiçoadas posteriormente