Quietare e Figicare : uma pesquisa diacrônica das construções de mudança de estado no Espanhol e no Português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Martins, Magda Batista de Sant'Anna
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/10079
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo apresentar o uso de construções de mudança de estado (CME) em português e em espanhol em dois séculos do período arcaico e em todo o período moderno. A mudança de estado pode ser expressa por meio de construções verbais, construções predicativas e perífrases. Esta dissertação opta por acompanhar e analisar o perfil de dez destas construções nos períodos históricos mencionados. Como os verbos ‘ficar e quedar’ são os mais prototípicos na expressão da CME predicativa nessas duas línguas, inicialmente analisamos o comportamento desses verbos de maneira geral para depois passar à análise das CME predicativas construídas com esses verbos, bem como as correspondentes construções verbais. Por meio da metodologia da linguística de corpus, utilizamos três corpora eletrônicos para nossa pesquisa: Corpus Diacrónico del Español (CORDE) para o espanhol, o Corpus do Português e o Corpus do Português Medieval (CIPM) para o português. Por meio da metodologia de contagem de types e tokens, selecionamos cinco types de construções predicativas bem como suas correspondentes verbais (total de 10 types) e analisamos a sua frequência através dos séculos nos corpora. A expressão da mudança de estado na atualidade se dá de maneira inversa em português e espanhol. Como observa Correa (2007), o PB exibe preferência pelas predicativas e o espanhol, pelas verbais. A pesquisa diacrônica revela, no entanto, que em grande parte do período analisado não se observa essa polarização na representação de certas construções entre as línguas. Nossos resultados apontam que as línguas começam a diferenciar-se sistematicamente na expressão das CME somente no século XIX