Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Maciel, Marcelo dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3695
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Resumo: |
A bacia de Campos é a maior produtora nacional de petróleo , localizada na porção sudeste do Brasil (20-24º S; 39-42º W) é delimitada ao norte pela bacia do Espírito Santo e ao sul pelo arco de Cabo Frio. O ecossistema da bacia de Campos está sujeito aos diversos impactos naturais e culturais, incluindo o aporte fluvial do rio Paraíba do Sul, a lavagem da platafor ma continental pela Corrente do Brasil (CB), a ressurgência da ACAS, e demais atividades antrópicas. Nesta concepção, o uso do biomarcador lignina objetiva avaliar o aporte continental, distribuição e preservação da matéria orgânica na b acia de Campos - RJ , através da compreensão de fontes, transporte e processos biogeoquímicos na interface continente - oceano. Para a macroavaliação da b acia, em escala regional , foram coletadas 59 amostras de sedimentos superficiais (0 - 2 cm ) nos meses de maio e julho de 2008 . O s pontos amostrados foram distribuídos crescentemente ao longo das características topográficas por cinco transectos (A, E, G, H, I) e dois cânions (Almirante Câmara e Grussaí), divididos operacionalmente em : p lataforma (25 a 150 m), t alude (400 a 1300 m), a ssoalho oceânico (1900 a 3000 m) e cânions (400 a 1300 m). Nos cânions e nas estações localizadas no talude e assoalho oceânico ocorreu a predominância da fração silte+argila, com contribuição superior a 80 %, cujas isóbatas entre 700 e 1300 m apresentar am áreas superficiais de 15 a 28 m 2 g - 1 . Já na plataform a continental foi verificada uma maior heterogeneidade granulométrica, com predominância da fração areia ( 69 % ) e áreas superficiais abaixo de 10 m 2 g - 1 . As maiores conce ntrações e variações de COT e N T ocorreram n o t alude, com intervalos de 0,65 a 1,77 % e 0,11 a 0,33 % , respectivamente . Por outro lado, a plataforma foi responsável pela maior variação na razão (C:N)a ( 5,31 a 15,6 ) com mediana mais elevada para os cânions ( 8,58 ) . A s assinaturas isotópi cas de C foram similares variando de - 23 ,0 a - 21 ,0 ‰. O s maiores valores de 13 C ocorreram para os cânions e as zonas rasas ao norte da bacia (plataforma) . A raz ão isotópica de 1 5 N demonstrou a seguinte distribuição decrescente, a partir dos valores medianos: a ssoalho (5,67 ‰) > t alude (5,54 ‰) > cânions (4,98 ‰) > p lataforma (4, 39 ‰). A maior variabilidade isotópica de 13 C e 1 5 N esteve presente na plataforma com amplitudes de - 27,4 a - 20,8 ‰, e 2,68 a 6,55 ‰, respectivamente. As maiores concentrações de lignina total (L8) foram observadas na plataforma, zonas rasas do extremo s ul ( 1,2 mg 100mgCorg - 1 ) e norte ( 1,0 mg 100mgCorg - 1 ) . Nos cânions e talude a distribuição de L8 foi homogênea com mediana de aproximadamente 0,2 mg 100mgCorg - 1 . A distribuição dos grupos fenólicos ao longo dos transectos e cânions foi a seguinte: v anilil ( V) > s iringil (S) > c inamil (C). A razão (Ac/Ad)v foi maior que 0,4 em 97 % das amostras, indicando a presença de fenóis degradados por processos diagenéticos na bacia . O estudo evidenciou a variabilidade na distribuição quali - quantitativa da matéria orgâ nica ao longo das diferentes feições topográficas (plataforma, talude, assoalho e cânions ), predominantemente associado aos processos autóctones, produção primária fitoplanctônica e processos deposicionais de degradação microbiana da MO |