Prevalência e fatores associados à pediculose em crianças de unidades municipais de ensino fundamental de Niterói, RJ
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/23619 http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPA.2021.m.09043315982 |
Resumo: | A pediculose do couro cabeludo, infestação pelo ectoparasito Pediculus humanus capitis, acomete principalmente crianças em todo o mundo. Sua transmissão ocorre por contato direto, cabeça a cabeça, ou indiretamente, por compartilhamento de objetos. Fatores socioeconômicos e características do hospedeiro têm sido relacionados à parasitose e estima-se que, no Brasil, a prevalência entre crianças em idade escolar seja de 30%. Além de diagnóstico e tratamento corretos, é essencial a adoção de medidas preventivas para o combate à pediculose, no intuito de impedir a transmissão do inseto. Para tanto, é importante difundir informações corretas à comunidade, em especial à escolar, visto que se relata, entre esta última, a circulação de informações fragmentadas a respeito da doença. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de pediculose em escolares de ensino fundamental de Niterói, correlacionar a positividade a características dos indivíduos, bem como identificar e analisar saberes de pais/responsáveis dos estudantes sobre a doença. Participaram do estudo 244 crianças de 1º a 5º ano de cinco escolas municipais, que foram submetidas ao procedimento de aspiração do couro cabeludo para detecção de formas evolutivas de P. h. capitis. Além disso, foram identificados, por meio de formulários, informações sociodemográficas e saberes sobre a parasitose de 237 pais/responsáveis. As informações coletadas foram analisadas em relação à positividade para a infestação, submetidas a teste exato de Fisher e regressão logística. A prevalência de pediculose evidenciada entre escolares de Niterói foi de 19,7%, sendo maior entre crianças do sexo feminino (30,1%), com diferença estatística significativa. Características dos cabelos das crianças e a cor da pele autodeclarada apresentaram associação com a positividade. A partir das respostas obtidas nos formulários, detectou-se que a maioria das crianças positivas já havia sido infestada por piolhos anteriormente e que as crianças que apresentavam coceira na cabeça tinham maior chance de estarem com pediculose. Apresentaram também associação significativa com a positividade, os conhecimentos dos pais/responsáveis sobre a transmissão da parasitose e a indiferença da criança quanto ao sentimento de vergonha relacionado à infestação. Foi possível observar a coexistência de informações corretas e incorretas sobre a pediculose entre os pais de escolares de Niterói. O conhecimento insipiente a respeito dessa doença interfere na adoção de medidas profiláticas, ressaltando a importância da difusão de informações corretas sobre pediculose e do uso do pente fino como estratégia de diagnóstico e controle |