Formação continuada em pediculose: quando o piolho invade a aula e o professor afasta o aluno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Andrade, Edinéa Jerônimo dos Santos de Souza
Orientador(a): Barbosa, Júlio Vianna
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4064
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido com 35 escolas do Município de Itaboraí/RJ em parceria com o Departamento de Biologia do Instituto Oswaldo Cruz/FIOCRUZ-RJ e Secretaria Municipal de Educação, respaldada em estratégias que visam a articulação entre a Formação Continuada de Professores e Pesquisa Qualitativa em Educação. Para coleta de dados foi utilizada a Pesquisa Documental do tipo técnico e pessoal. Para a análise e interpretação dos dados e conteúdos presentes nas falas das educadoras e nos documentos construídos durante a Formação, buscamos suporte na Análise de Conteúdo e Análise Descritiva. O trabalho tem como eixo temático na área de Biociências e Saúde, o tema piolho/pediculose, numa perspectiva de Educação em Saúde e de Educação para a Saúde, preconizadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN): Temas Transversais – Meio Ambiente e Saúde, objetivando a construção conjunta de estratégias educacionais participativas, por meio das educadoras participantes da Formação Continuada em Pediculose: Quando o Piolho Invade a Aula e o (a) Professor (a) afasta o aluno. Após a Formação Continuada, as educadoras implementaram em suas Unidades Escolares Projetos Pedagógicos, ações pontuais ou ações continuadas sobre piolho/pediculose visando à saúde das crianças, importância do uso diário do pente fino como forma de prevenção a pediculose e alternativa não medicamentosa para o controle dessa ectoparasitose causada pela infestação por piolhos e lêndeas. A Formação Continuada pretendeu no ano de 2004, dar continuidade ao processo de Formação iniciado em 2003 e aos projetos iniciados e/ou discutidos. No todo, a Formação, atendeu 50 professoras/educadoras, representando na sua totalidade 35 escolas, nas modalidades de Creche, Educação Infantil a 4a série, Educação Infantil a 8a série, 1a a 4a série e 1a a 8a série. Como resultado da Formação Continuada, 10 escolas implementaram projetos pedagógicos e 9 apontam para a diminuição de alunos (as) infestados (as) por piolhos, 14 escolas desenvolveram ações pontuais e/ou ações continuadas conforme as suas demandas e necessidades e 13 afirmaram ter diminuído o número de alunos e alunas parasitados (as); 11 escolas não desenvolveram qualquer tipo de ação educativa. Os resultados alcançados são animadores, pois, sinalizam que o fazer pedagógico voltado para ações educativas alicerçadas na saúde e na sua construção pessoal e coletiva, contribui para a aquisição e o compartilhamento de informações mais corretas, para o processo de construção do conhecimento gerando mudanças de hábitos e atitudes na comunidade escolar, devido à compreensão da necessidade dos cuidados com a parasitose e, oportunizando o processo de construção e internalização do conhecimento construído e pronto a ser socializado. Essas ações educativas são de suma importância, pois, levam a uma diminuição da incidência e prevalência frente a essa morbidade que, no senso comum, oportuniza o exercício do preconceito, da discriminação, do agravamento da pediculose e do aparecimento de doenças físicas, doenças sociais, doenças emocionais, tais como, as miíases e o impetigo, a exclusão do convívio por outros (as) escolares, o constrangimento, apelidos pejorativos, o bullyng, a baixa-estima e dificuldades de aprendizagem.