A representação do cotidiano das mulheres negras na série "Sexo e as Negas"

• Ano de defesa: 2025
• Autor(a) principal: Lourenço, Gabriela dos Reis
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Representação; Cotidiano Negro; Estereótipos Raciais; Audiovisual; Seriado Sexo e as Negas; Mulher negra; Seriados de televisão; Multimeio; Representation; Black Everyday Life; Racial Stereotypes; TV Series Sexo e as Negas
• Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35916

A pesquisa possui como tema a representação das experiências cotidianas negras estereotipadas em narrativas seriadas. Para analisar tal representação, tomou-se como objeto de estudo o seriado brasileiro Sexo e as Negas (2014b), que é inspirado na série estadunidense Sex and the City (1998). A produção brasileira se propõe a retratar o cotidiano de quatro amigas negras, sonhadoras e moradoras de uma comunidade carioca. Com esta pesquisa, pretendeu-se discutir e compreender como a série Sexo e as Negas reproduz estereótipos raciais e como estas reproduções se relacionam com a identidade da sociedade brasileira afrodiaspórica. Trabalha-se com a seguinte hipótese: que apesar do protagonismo negro, a série Sexo e as Negas reproduz estereótipos raciais, promovendo uma representação distorcida da população preta, ou seja, uma representação injusta e infiel à realidade. Além disso, acredita-se que tais representações geram imobilismo e contribuem para o mito da democracia racial (MUNANGA, 1999). Para alcançar os objetivos propostos, utilizamos a Análise da Materialidade Audiovisual (COUTINHO, 2016). Nessa metodologia são estabelecidos os pilares de avaliação relacionados ao problema que esta pesquisa pretende responder e às hipóteses elencadas. Para este trabalho, elaboramos uma ficha de leitura e avaliação voltada para analisar cinco aspectos da série Sexo e as Negas: personagens, temas, narrativas, produção e contexto. Acredita-se que dessa forma foi possível detectar a reprodução de estereótipos raciais no seriado, que tenta enaltecer a mulher negra brasileira, mas falha ao não elaborar reproduções mais sofisticadas.