Aprendendo a ler o Pisa: avaliação ou produção de saberes?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Lidiane dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3455
Resumo: Esta pesquisa tem por tema as avaliações em larga escala, especificamente o Programme for International Student Assessment (Pisa). Este exame é realizado trienalmente pela OCDE abarcando três “áreas do conhecimento”: Leitura, Matemática e Ciências. Centramos nossas análises nos relatórios brasileiros referentes à aplicação da prova de leitura nas edições de 2000 e 2009. Nesses documentos observamos características pertinentes aos Discursos Constituintes, conforme as investigações de Maingueneau (2008) e por meio deles, estabelecemos como objetivos: identificar os conhecimentos privilegiados pelo Pisa em seu exame; compreender as medidas usadas para aferir o “desempenho” dos alunos e analisar a relação entre o exame, as políticas públicas e o monitoramento dos sistemas educacionais. Para isso, recorremos às considerações de Maingueneau (1996), Daher e Sant’Anna (2002), Rocha e Gurgel (2002) sobre a leitura como enunciação. Assim, analisamos as matrizes de referência que orientam a formulação das questões da prova de leitura, cujo enfoque é o ato de ler como um processo cognitivo. Os resultados obtidos nesses exames são transformados em dados estatísticos e usados como norteadores de políticas públicas. Nesse sentido, são importantes as análises de Foucault (2008;2014) sobre Biopolítica, as ações de controle do Estado sobre sua população. Entendemos ser o exame Pisa, assim como outros exames em larga escala, ponto central de recentes políticas públicas educacionais, nas quais o Estado passa a ter a função de regular a educação pública em vez de promovê-la