Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Tatiane Aguiar Durães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3175
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Resumo: |
Introdução: sabe-se que o leite humano contém não apenas macro e micronutrientes, mas também uma variedade de substâncias bioativas, tais como os hormônios, grelina e leptina. A leptina principalmente sintetizada pelo tecido adiposo promove a saciedade e é liberado na corrente sanguínea proporcionalmente a quantidade de massa de gordura corporal. A grelina é sintetizada essencialmente no estômago, sendo conhecida como “hormônio da fome”, estimulando a ingestão de alimentos. A leptina e a grelina sofrem influências de outros hormônios, como a prolactina, dependendo do momento metabólico da mulher, modificando seu mecanismo de ação normal, durante a lactação, seus níveis podem estar diminuídos. Esses hormônios estão presentes no leite materno e passam para o lactente podendo influenciar seu desenvolvimento. Dessa maneira, o objetivo desse estudo foi determinar a concentração de leptina e grelina no sangue e leite materno (LM) e avaliar a relação com o estado nutricional da nutriz e do lactente. Metodologia: trata-se de um estudo analítico observacional longitudinal, com 40 nutrizes e seus lactentes, em aleitamento materno exclusivo ou predominante, avaliados em 3 momentos, 30, 60 e 90 dias pós-parto. Os hormônios foram analisados pelométodo ELISA. Resultados: o peso, índice de massa corporal (IMC) e percentual de gordura corporal (PGC) das nutrizes apresentaram-se semelhantes ao longo do estudo, não houve perda de peso corporal, mas sim retenção de 7,1±2,3Kg e aumento de 3% PGC, ocorrendo uma transição no perfil nutricional. Quanto aos lactentes, o peso, perímetro cefálico e comprimento, apresentaram-se diferentes (p<0,0001) daquele ao nascimento, apresentaram crescimento ascendente, porém, acima do esperado para o trimestre (3102±930,9g). No decorrer da lactação, os níveis hormonais analisados não se modificaram. Foram encontradas maiores concentrações (p<0,0001) de leptina e grelina no plasma, em relação ao leite materno. A leptina do plasma associou-se de forma positiva com os níveis de leptina do LM (r=0,78; p=0,01), e também com a antropometria materna (IMC aos 90 PP e PGC aos 30 e 90 PP) e negativamente com o ganho de peso do lactente (r= -0,64; p=0,04). A grelina associou-se de forma negativa com o perímetro cefálico do lactente (r=-0,57; p=0,03) e com o peso da nutriz (r=-0,66; p=0,03). Conclusão: as nutrizes no primeiro trimestre pós-parto apresentaram aumento da gordura corporal e retenção de peso. Os lactentes apresentaram ganho de peso excessivo nesse período e podem sofrer influências da composição corporal materna e hormonais. Os níveis de leptina e grelina foram maiores no plasma e ambos podem influenciar a antropometria materna e do lactente, além disso, seus níveis podem sofrer influências hormonais, como da prolactina, que pode contribuir para o controle da ingestão alimentar das nutrizes, nesse período |