Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Leão, Jorge Henrique Cardoso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/13884
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Resumo: |
A difusão do Evangelho no Japão começou com a chegada dos jesuítas em 1549. Donos de uma cultura peculiar e de uma estrutura social hierarquizada, os japoneses se tornaram alvos da admiração dos missionários, que chegaram a adjetiva-los de Brancos da Ásia. O Japão estava localizado na zona de periferia do império português, o que acarretou sérias complicações para a evangelização. Além da distância em relação à Goa e a falta de padres e de recursos, havia as disparidades culturais, religiosas e linguísticas, somadas a instabilidade política por conta da Sengoku-Jidai. No século XVI, os jesuítas utilizaram o modelo de cooperação com as elites locais e as diferentes estratégias de adaptação como meios de obter resultados consideráveis para o catolicismo nos arquipélagos de Kyushu e Honshu. No cotidiano dos padres, os percalços quase sempre foram superados com a ajuda dos nativos, levando Companhia de Jesus a pensar na elaboração de um corpo de auxiliares e catequistas, chamados de dógicos, com intuito de dar suporte linguístico e doutrinário aos padres. Entre 1549 e 1578, os catequistas foram largamente utilizados pelos jesuítas, no entanto, sua institucionalização veio somente a partir de 1579, quando Alessandro Valignano instituiu a política de formação desses indivíduos a partir de colégios e seminários. As manobras institucionais do visitador evidenciaram a predileção pelos dógicos, que a partir das décadas de 1580 e 1590 passaram por um processo de aprimoramento educacional com a criação de seminários e colégios no Japão e em Macau. Apesar do relativo sucesso das missões, o início do século XVII foi marcado pelos recuos nessas comunidades cristãs, em consequência da ascensão do xogunato Tokugawa. Entretanto, entre 1598 e 1614, período de atividade do bispo de Funai, D. Luís de Cerqueira, começaram a acontecer as primeiras ordenações de nativos no Japão com a criação do Seminário Diocesano de Nagasaki. Deste modo, o receio do fracasso do cristianismo por conta das reviravoltas políticas levou os jesuítas transformarem os dógicos em um clero nativo, garantindo a sobrevivência de suas comunidades mesmo no auge das perseguições religiosas. |