Imagens da doença e da vida como potência na obra de Caio Fernando Abreu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Andrade, Tamara Medeiros de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21782
Resumo: Caio Fernando Abreu foi um autor cuja produção literária se desenvolve imersa às questões do movimento contracultural dos anos de 1960 e 70. A oposição à normatividade das instituições sociais, a luta contra a repressão do indivíduo, a defesa da liberdade sexual e a busca por formas de conhecimento para além da racionalidade científica seriam algumas dessas questões. Em alguns trabalhos do autor, problemas sociais que foram objeto de crítica da contracultura são metaforizados como doenças. A loucura foi um tema recorrente na literatura de Caio, e valorizado no discurso contracultural em geral, como forma de contraponto à racionalidade que fundamenta instituições consideradas repressivas. Se, por um lado, o autor se debruçou sobre a doença mental, por outro lado, já nos anos 80 e 90, ele passou a abordar uma nova doença, a recém-descoberta aids. O presente trabalho analisa o tema da doença na obra de Caio Fernando Abreu, pensada não somente como fenômeno de ordem biológica, mas como construção histórico-social. Para tanto, investigamos como a obra do autor dialoga com diferentes noções de doença elaboradas ao longo da história, e ainda presentes em nosso cotidiano. Também como dialoga com questões relacionadas à ideia de biopolítica, especialmente no tocante ao desenvolvimento da psiquiatria no século XIX, e à patologização de comportamentos que passaram, então, a integrar o campo de estudo da medicina. Nossa hipótese é a de que haveria, na obra de Caio Fernando Abreu, uma multiplicidade de imagens da doença que se entrelaça a uma multiplicidade de imagens pelas quais se afirmaria a potência da vida