Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Eline Simões |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/1675
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Resumo: |
A contaminação dos ambientes aquáticos por contaminantes emergentes é, ainda, pouco investigada no Brasil. Este estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência de fármacos de diferentes classes terapêuticas, cafeína e bisfenola, em corpos hídricos de diferentes escalas no Estado do Rio de Janeiro. Foram eles: em micro escala, os Córregos São Domingos e Ribeirão Santíssimo (município de Santa Maria Madalena); em pequena escala, as bacias dos rios Paquequer, Guandu, Iguaçu e Sarapuí; em média escala, a bacia do médio rio Paraíba do Sul. Considerando os objetivos propostos foram analisadas 47 amostras para a determinação de 34 fármacos (acetaminofeno, ácido salicílico, codeína, diclofenaco, fenazona, ibuprofeno, ketoprofeno, meloxicam, naproxeno, piroxicam, atorvastaina, benzafibrato, gemfibrozil, alprazolam, carbamazepina, diazepam, lorazepam, venlafaxina, atenolol, metoprolol, nadolol, propanolol, sotalol, furosemida, torasemida, glibenclamida, irbesartan, losartan, valsartan, warfarina, tiabendazol, xilazina, sulfametoxazol, trimetoprim), cafeína e bisfenol-a, empregando a técnica analítica de extração em fase sólida, cromatografia a líquido de alta eficiência e espectrometria de massa tandem. Os resultados obtidos mostraram que nenhuma amostra analisada estava livre da contaminação por esses compostos e apenas dois deles (piroxicam e torasemida) não foram detectados em qualquer amostra. A freqüência com que os demais compostos foram detectados variou entre 2,1 (para a xilazina) e 100% (para ácido salicílico, velanfaxine, propanolol, tiabendazol, trimetoprim e cafeína). Uma avaliação qualitativa sobre consumo de medicamentos no município de Santa Maria Madalena mostrou uma estreita relação entre o consumo, a concentração e a frequência com que são encontrados fármacos em amostras ambientais. Os rios que apresentaram as maiores concentrações totais destes contaminantes foram (em ordem decrescente): rios Iguaçu-Sarapuí (51,8 μg L-1); córregos São Domingos e Ribeirão Santíssimo (19,0 μg L-1); rio Paquequer (18,2 μg L-1); rio Guandu (1,46 μg L-1) e rio Paraíba do Sul (1,42 μg L-1). Esses resultados mostram a importância da vazão na diluição da contaminação por fármacos, cafeína e bisfenol-a, oriundos da entrada de esgoto doméstico, o que pode ser avaliada através das cargas de contaminantes transportadas em cada bacia. A alta concentração de certos compostos (alguns quantificados neste estudo na ordem de μg L-1) não é, necessariamente, a principal preocupação ambiental, mas também, a sua persistência e atividade biológica. Contudo, para a maioria desses compostos não existem dados suficientes quanto a ocorrência, avaliação de risco e ecotoxicidade, e desta forma, é difícil prever os seus efeitos causados à saúde do homem e dos organismos aquáticos, o que torna primordial a sua investigação |