Concordância verbal: em busca do elo estrutural do vasto número de regras propostas pela gramática normativa do português

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Miranda, Maria José Maia de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7733
Resumo: A tradição de ensino vem tratando os textos presentes nas Gramáticas Normativas como uma espécie de atividade mecânica em que se apresenta uma sequência de regras para serem memorizadas. Uma abordagem linear e atomizada que produz muito pouco resultado em termo de retenção dos conteúdos. Essa constatação nos levou a eleger o tema concordância verbal - considerado um dos saberes que mais balizam o falar de maior prestígio social - como fonte de nossa pesquisa. O nosso objetivo é inseri-lo na perspectiva textual, possibilitando que o aluno-leitor seja solicitado a investir em estratégias de leitura, que lhe permitam estabelecer relações significativas entre as partes do conteúdo, de modo a reorganizá-lo sinteticamente e, assim, poder retê-lo. Desse modo, essa reorganização pretende conferir ao capítulo de concordância verbal não só um viés quantitativo, mas, fundamentalmente, um viés qualitativo. Em outros termos, além chegar a uma diminuição considerável do número de regras, criar um sistema de relações, de modo a se poder estabelecer um elo estrutural responsável por conferir níveis de sanidade ao estudo da concordância verbal. Tal mudança de tratamento em relação ao tema visa instaurar outro olhar sobre o texto gramatical, já que toda a produção do conhecimento possui um elemento fundador que o articula. No caso da Gramática Normativa, em que o tema concordância verbal se insere, fomos à tradição grega para investigar como a perspectiva ontológica dos estudos da linguagem interferiu com a organização de conteúdos gramaticais. Isso porque defendemos que, no tema em questão, o foco de estudo não é o verbo, mas o substantivo/sujeito. A recuperação dessa fundação é necessária para o resgate do sentido que robustece a memória. A metodologia que utilizamos se baseia em dois artigos de Silva, respectivamente, A atitude molar a atitude molecular: duas formas de organizar conteúdos em geral (2009a). e Estratégias mnemônicas: um método para lembrar (lendo textos gramaticais)(2010). As obras que serviram para a nossa pesquisa foram a Gramática Normativa, de Rocha Lima (2008), a Moderna Gramática Portuguesa, de Bechara (2001) e a Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Cunha e Cintra (2001). Apesar de apresentarem algumas diferenças conceituais, defendemos que as três gramáticas são produto do mesmo modelo teórico-metodológico, com grande interferência no ensino atual; elas são o ponto de partida para outras gramáticas pedagógicas brasileiras do séc. XX e ainda do XXI