Evolução geológica da plataforma continental interna adjacente à Baía de Guanabara (RJ), a partir do pleistoceno superior
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://app.uff.br/riuff/handle/1/27914 http://dx.doi.org/10.22409/PPGDOT .2021.d.06950438702 |
Resumo: | Esta pesquisa teve como objetivo investigar a evolução geológica da zona costeira adjacente à Baía de Guanabara a partir do Pleistoceno Superior, com interesse especial na formação do banco arenoso e sua relação com o depósito semiconsolidado identificado na entrada da baía. Utilizaram-se dados batimétricos, sísmica rasa, sonar de varredura lateral, filmagens subaquáticas, análises sedimentológicas e datação por radiocarbono e por luminescência opticamente estimulada (LOE). O depósito semiconsolidado, exposto no fundo marinho a 22 m de profundidade, é composto por sedimentos arenoquartzosos impregnados por complexos organometálicos. Datado em ca. 40.000 anos AP, foi caracterizado como um remanescente do horizonte B espódico de um antigo espodossolo. A feição apresenta 2,5 km de comprimento por 1,5 km de largura e desnível local com até 4 m, e estima-se que o paleonível marinho durante a pedogênese estava entre -19 m e -26 m, consideravelmente mais raso do que o nível máximo indicado nas curvas de variação eustática global para o estágio marinho isotópico MIS 3. A idade obtida por LOE indicou que o antigo horizonte espódico sofreu erosão e posteriormente foi recoberto e protegido da luz solar pela última vez há ca. 15.800 anos por processos subaéreos. O paleossolo foi inundado pela última transgressão marinha no Holoceno Inferior e os sedimentos inconsolidados que cobriam o horizonte espódico foram transportados para norte e contribuíram para a formação do banco arenoso. Depressões batimétricas com até 36 m de profundidade no canal que contorna a Ilha da Cotunduba foram interpretadas como indícios de que o banco arenoso foi esculpido durante a última regressão marinha, antes de ca. 20.000 anos AP. Unidades sísmicas subsuperficiais apresentam maior espessura sob o banco, evidenciando a origem do banco mais antiga do que a idade do paleossolo, podendo estar relacionada inicialmente à penúltima transgressão (ca. 120.000 anos AP), com a mesma idade das barreiras costeiras internas da região. As oscilações do nível do mar subsequentes (há ca. 105.000 anos AP, ca. 80.000 anos AP e ca. 40.000 anos AP) e a última transgressão marinha promoveram sucessivos retrabalhamentos e empilhamentos do banco arenoso. Os sedimentos se acumularam no local devido ao fluxo de marés enchentes e vazantes interferindo no transporte por deriva litorânea. Devido à lâmina d’água cada vez menor no topo do banco, o aumento das correntes de maré e a ação das ondas restringem a agradação e impossibilitam sua emersão |