Relação entre o posicionamento sagital das raízes dos dentes anteriores da maxila e o biotipo periodontal: estudo clínico e tomográfico em humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rodrigues, Diogo Moreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12580
Resumo: Os diferentes biotipos periodontais podem influenciar o resultado do tratamento funcional e estético na região anterior da maxila. A posição do dente no processo alveolar parece ser importante para a definição dos diferentes biotipos periodontais. O presente estudo transversal avaliou a relação entre a posição sagital tomográfica (PSR) das raízes dos dentes anteriores da maxila e os biotipos periodontais. Setenta voluntários (35 homens e 35 mulheres), que apresentaram idade média de 25,2 ± 5,88 anos foram avaliados. O exame clínico incluiu a caracterização do biotipo gengival (BG) por avaliação visual, por transparência da sonda periodontal no sulco gengival e tomografia computadorizada por feixe cônico para tecidos moles (TCFC-TM), a largura gengival (LG) e a arquitetura gengival (plana ou altamente festonada). A forma do dente (triangular, quadrada e oval), a da papila interdental (AP), o ângulo gengival (AG) e altura do festonado gengival (AFG) foram avaliados nos incisivos centrais no exame fotográfico. A posição sagital das raízes (PSR) nos exames TCFC-TM foi classificada em classe I, II, III ou IV. As medições nesses exames incluíram a espessura gengival (EG) nas zonas tecidual e óssea, a distância da junção cemento-esmalte até a crista óssea vestibular (JCECOA), e da margem gengival até a crista óssea alveolar vestibular (MG-COA), espessura do morfotipo ósseo definido pela espessura da cortical óssea vestibular (EO) e dimensões do rebordo alveolar (RA), altura do RA (ARA) e largura do RA (LRA). O comprimento das raízes dos dentes (CR) e sua largura (LR) foram ainda mensurados. Os resultados mostraram que a distribuição da frequência da PSR foi de 65,2%, 9,3% e 0,7% e 24,8% para as classes I, II, III e IV, respectivamente. O biotipo gengival determinado na TCFC-TM no nível 1mm apical a MG e a forma dos dentes estavam associados a PSR (p <0.05), enquanto o contorno gengival não estava (p >0.05). As seguintes medidas médias foram estatisticamente diferentes nas quatro classes de PSR (p <0,05): EG na zona tecidual (1,06 ± 0,41 mm) e na zona óssea (0,71 ± 0,27 mm), AP (5,36 ± 1,11mm), JCE-COA (1,75 ± 0,9mm), MGCOA (3.27 ± 0.74mm), EO (0.57 ± 0.39mm), LRA (8.84 ± 1.99mm) e AR (14.23 ± 2.76mm). A análise pareada pós-hoc mostrou que a EG na zona óssea, a EO, a AP, as distâncias JCE-COA e MG-COA foram significativamente menores na classe I, enquanto LRA e a AR foram menores na classe IV (p <0,05). Houve uma fraca correlação negativa entre EG e EO na zona óssea e uma correlação moderada entre LRA e a LR na classe IV (p <0,05). As medidas foram significativamente diferentes, entre as 4 classes de posição sagital das raízes, quando comparadas entre os grupos de dentes (p <0,05). Este estudo concluiu que a posição sagital da raízes está relacionada com o biotipo periodontal e que seu conhecimento fornece dados fundamentais para o tratamento funcional e estético