Patrimônios afetivos para o turismo: o uso da musealização para uma (con)vivência mais saudável entre moradores e turistas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Colepicolo, Elisa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36372
Resumo: As transformações desencadeadas pelo turismo em pequenas localidades, quando não previstas e planejadas, podem ser a sentença de extinção de patrimônios afetivos existentes. Torna-se essencial, portanto, encontrar formas de promover sua preservação, respeitando a alteridade e a comunidade. A musealização, ou os processos de tratamento da memória comunitária análogos ao museológico, pode ser adotada para definir limites à intervenção do turismo, valorizando afetos e os oferecendo para apreciação turística de forma controlada. Esses processos, entretanto, ainda não são populares, apesar do reconhecido valor da memória coletiva para o campo do turismo. Para isso, se propõe a analisar a musealização da memória individual e coletiva de uma comunidade, representada por seus patrimônios afetivos, como meio de proporcionar uma (con)vivência mais saudável entre moradores e turistas. Trata-se de pesquisa qualitativa, bibliográfica e de base etnográfica. As referências fundamentam conceitos como Memória, Identidade, Comunidade, Patrimônio, Patrimônios Afetivos, Patrimonialização, Musealização, em diálogo com o Turismo, a Turistificação e as acepções de Bem Viver, Sustentabilidade e Planejamento turístico, além de Museus de Território, Governança Participativa e Turismo de Base Comunitária; analisa artigos científicos, publicados entre os anos 2019 e 2023, buscando estudos similares ao desta pesquisa e referências históricas. A pesquisa tem como campo empírico o distrito de Conservatória, na cidade de Valença, no Estado brasileiro do Rio de Janeiro, onde foram realizadas pesquisas de base etnográfica, com observação sistemática, pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas. Os dados obtidos passaram por análise narrativa, semiótica, de conteúdo e, no caso das imagens coletadas pela pesquisadora e participantes, por foto elicitação. O exercício de aplicação da musealização para o turismo em Conservatória realizado por esta pesquisa apontou para um cenário favorável relacionado às questões levantadas sobre pequenas localidades, com a possibilidade de expansão desta investigação para territórios maiores.