Musealização da Arqueologia e Conservação arqueológica: experiências e perspectivas para a preservação patrimonial

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Toledo, Grasiela Tebaldi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-05062018-085208/
Resumo: A Musealização da Arqueologia e a Conservação arqueológica são os eixos estruturantes desta tese, que busca delinear o relacionamento entre a Arqueologia, Museologia e Conservação na produção acadêmica nacional e nas experiências desenvolvidas na Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Por meio de análises bibliométricas, foram quantificadas e analisadas teses, dissertações e publicações em eventos a fim de mapear e avaliar a construção de conhecimento dessas temáticas. Também foram entrevistados profissionais das áreas e realizado o acompanhamento das atividades dos pesquisadores da UFPel, compondo um quadro de potencialidades e limites das interfaces disciplinares. O diagnóstico de aproximações e distanciamentos entre as três áreas foi fundamental para a compreensão de diferentes momentos e interlocuções, propiciando o entendimento do contexto atual no que se refere às perspectivas para a preservação do patrimônio arqueológico. No ambiente universitário, laboratórios de Arqueologia, projetos de pesquisa, programa museológico e atuações de diferentes profissionais (arqueólogos, museólogos e conservadores) complementam e tornam complexo esse cenário. A partir dessas análises e articulando-se com as legislações e recomendações acerca do patrimônio arqueológico nacional, apresentaram-se alguns aprendizados e premissas para a gestão multidisciplinar do patrimônio arqueológico. A premissa básica estabelece que as três áreas precisam estar em patamares equânimes para articularem-se por meio de conceitos e pressupostos teórico-metodológicos condizentes com os desafios patrimoniais contemporâneos. Dessa forma, aliando as áreas de forma equilibrada, torna-se possível empreender a pesquisa arqueológica de maneira integral, com planejamentos prévios e interdisciplinares embasados na cadeia operatória de procedimentos museológicos, que envolve a salvaguarda (conservação e documentação) e a comunicação (exposições e ações educativo-culturais). Assim, as pesquisas arqueológicas vindouras, bem como as já empreendidas e os acervos arqueológicos salvaguardados em diferentes instituições, têm o potencial de ensejar ações multidisciplinares que oportunizam a proteção e promoção do patrimônio arqueológico. Essas ações, articuladas por um viés preservacionista, que se orienta por perspectivas participativas, multivocais e compartilhadas, possibilita que o patrimônio exerça sua função social na contemporaneidade.