Modulação da resposta emocional evocada pela visualização de alimentos ultraprocessados doces e salgados através das cores do semáforo nutricional: implicações para os sistemas de rotulagem frontal
Ano de defesa: | 2020 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://app.uff.br/riuff/handle/1/13080 https://dx.doi.org/10.22409/PPGFF.2020.m.15396358726 |
Resumo: | Alimentos ultraprocessados vêm sendo associados à obesidade e outras doenças crônicas não transmissíveis, uma vez que são ricos em açúcar, gorduras, sódio e possuem aditivos químicos. Sistemas de rotulagem nutricional frontal dispostos na embalagem destes alimentos são recomendados pelos setores de saúde pública como uma estratégia de prevenção dessas doenças, sendo o semáforo nutricional um exemplo. O mesmo indica as quantidades de nutrientes chaves nos alimentos (açúcar, gorduras e sal) e o alto, médio ou baixo risco de desenvolver doenças crônicas através dos códigos de cores vermelho, âmbar e verde, respectivamente. É possível que o uso de cores em sistemas de rotulagem possa influenciar, sem que o consumidor perceba, a reatividade emocional apetitiva evocada pelos alimentos ultraprocessados, pois as cores podem influenciar a percepção do sabor através do cruzamento entre modalidades sensoriais (visão e paladar). Por exemplo, a cor vermelha pode realçar implicitamente a percepção de dulçor através dessas associações cruzadas, o que talvez possa aumentar a resposta emocional apetitiva evocada por alimentos doces. Foram realizados dois experimentos com o objetivo de avaliar se as cores do semáforo nutricional poderiam modular a reatividade emocional evocada por imagens de alimentos ultraprocessados doces e salgados. Em ambos, as cores do semáforo foram associadas de forma prévia com possíveis riscos em desenvolver doenças crônicasao consumir esses alimentos (verde = baixo risco; âmbar = médio risco e vermelho = alto risco). No experimento I (n = 78; 65 mulheres), foi aplicada uma escala psicométrica (Self-Assessment Manikin, SAM) para avaliar as respostas emocionais relacionadas às imagens de alimentos ultraprocessados quando associadas com cada uma das cores do semáforo nutricional. No experimento II (n= 24; 18 mulheres), foram registradas as atividades eletrocorticais dos participantes enquanto visualizavam as imagens, para obtenção da negatividade posterior precoce, um índice cerebral de respostas emocionais. Em ambos os experimentos, apenas a cor vermelha promoveu um aumento nãointencional da reatividade emocional apetitiva eliciada por alimentos doces (versus alimentos salgados), possivelmente através de uma associação implícita cruzada intermodalidade nos alimentosdesse sabor. A cor verde mostrou-se como um potencial fator de confusão, uma vez que os alimentos insalubres associados à mesma foram classificados como mais saudáveis. Designers, pesquisadores e agências reguladoras devem considerar associações implícitas cruzadas intermodalidades sensoriais ao desenvolver, testar e aplicar sistemas de rotulagem nutricional frontal |