Qualidade da assistência médica na hipertensão arterial: prescrição médica e controle pressórico na atenção básica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Novello, Mayra Faria
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13106
Resumo: Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é o mais prevalente fator de risco para a doença cardiovascular e seu adequado controle é capaz de prevenir doenças de alta morbimortalidade, como o acidente vascular cerebral, o infarto agudo do miocárdio e a insuficiência cardíaca, entre outras. Entretanto, o adequado controle pressórico, de acordo com as metas definidas pelas diretrizes, não vem sendo feito de maneira adequada na atenção básica, acarretando uma deficiência na qualidade assistencial. Objetivo: Avaliar a qualidade do atendimento aos hipertensos, em uma comunidade urbana ambulatorial atendida pelo Programa Médico de Família, através do grau de conformidade das prescrições médicas de anti-hipertensivos com a Diretriz Brasileira de Hipertensão mais recente (2010) e do alcance das metas de pressão arterial (PA) preconizadas por essa Diretriz e pelo 8º Relatório da Comissão Científica Nacional para o manejo da HAS (JNC 8 – 2014). Metodologia: Estudo observacional, transversal, incluindo 455 indivíduos, de ambos os gêneros, ≥ 45 anos. Foram avaliadas as medicações prescritas, doses e frequências, bem como a PA desses indivíduos, correlacionando a conformidade da prescrição com o controle pressórico. Resultados: A conformidade das prescrições em relação à diretriz foi de 69%. O medicamento mais prescrito foi o diurético (63,0%) e a terapia dupla a mais utilizada (41,0%). As não conformidades mais comuns foram super e subfrequências (11,2% e 9,6%, respectivamente), sendo que a maioria das prescrições não conformes foi encontrada no grupo das mulheres e dos diabéticos. A taxa de controle pressórico, utilizando-se como meta PA < 140 x 90mmHg, foi de 44,9%. Essa taxa variou de 38,6% a 53,3%, de acordo com a meta preconizada por cada diretriz. Não foi observada correlação entre a conformidade da prescrição e o controle da PA. Um pior controle pressórico nos idosos e diabéticos foi observado somente quando as metas foram mais rigorosas (PA < 140 x 90mmHg para todos os pacientes e < 130 x 80 mmHg nos diabéticos). Conclusões: O grau de conformidade com a diretriz foi considerado bom. O alcance das metas de PA preconizadas foi compatível com valores encontrados em estudos nacionais e internacionais, que aproximam-se dos maiores do Brasil, o que reflete o importante papel dos médicos de família no acompanhamento desta população. A qualidade da assistência mostrou-se satisfatória dentro da realidade do nosso país, porém ainda há grande oportunidade para melhorias