Associação entre o deslocamento geográfico para atenção ao parto e a ocorrência do near miss materno no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sabroza, Ricardo Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27032
http://dx.doi.org./10.22409/PPGSC.2021.m.05598803755
Resumo: Introdução: No Brasil configuram-se disparidades geográficas e sociais no acesso à assistência adequada ao pré-natal e ao parto.Objetivo: Verificar a distância entre o domicílio de residência da gestante e o hospital de assistência ao parto nas regiões geográficas brasileiras e sua correlação com o Near Miss Materno - NMM. Metodologia: Utilizaram-se dados do Nascer no Brasil (2011-2012), estudo nacional de base hospitalar, realizado em amostra de 23.894 puérperas e seus recém-nascidos, estratificada pelas cinco macrorregiões do país. Foram construídos mapas temáticos empregando a malha digital do IBGE. A distância euclidiana foi a medida escolhida para cálculo da distância espacial entre a maternidade e a residência da gestante e classificada em três categorias: próximo, periférico e distante. Resultados: Foram georreferenciadas 16.988 gestantes (71% do total) e a prevalência de NMM neste estudo foi de 11,0. A distância euclidiana mostrou importante variação entre as regiões geográficas. O Norte (N) e o centro oeste (CO) ficaram com as maiores médias de distância entre a maternidade e o domicílio da gestante (MD = 307 e 301 km, respectivamente) seguidas do Nordeste (NE) com (120 km) e do Sul (S) e Sudeste (SE), com as médias mais baixas (81 e 93 km, respectivamente). As prevalências de NMM também variaram entre as regiões: CO (16,0), N e NE (12,0), SE e S (10,0). As distâncias euclidianas classificadas como próximas mostraram uma prevalência de NMM menor e as classificadas como distantes as mais elevadas em todas as regiões. A distância euclidiana entre a residência da gestante e o hospital de atendimento mostrou importante variação entre as regiões geográficas, mostrando-se maior, dentro de cada região, para os casos de NMM. Conclusão: A distância euclidiana entre a residência da gestante e o hospital de atendimento mostrou importante variação entre as regiões geográficas, sendo maior entre os casos de NMM. A frequência de NMM variou de acordo com a distância euclidiana. As diferenças encontradas foram tanto por falhas no processo de regionalização como pela escassez dos equipamentos de saúde para atendimento ao parto. Futuros estudos devem identificar a origem desta diferença.