Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Cavalcante, Daniele Moreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11491
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Resumo: |
O presente trabalho teve duplo objetivo. O estudo 1 investigou a potencial relação de causa-efeito entre a incidência das microtrincas dentinárias e a resistência a fratura radicular em dentes não-tratados endodonticamente (modelo experimental in vitro). O estudo 2 investigou através da microtomografia computadorizada (micro-CT) a prevalência, localização e o padrão de trincas preexistentes em dentes não-tratados endodonticamente de cadáveres frescos (modelo experimental ex vivo). Metodologia. Estudo 1: No primeiro estudo, 60 dentes com volume de dentina, espessura de dentina semelhantes e canais classificados como circulares foram selecionados e escaneados a uma resolução de 14.16 μm. Os espécimes foram avaliados quanto a frequência das microtrincas radiculares. Em seguida, as 60 raízes foram embutidas em blocos de resina de poliéster onde receberam a simulação de um ligamento periodontal em poliéter. Os espécimes foram então submetidos a um ensaio de fratura à 1,0 mm/min com objetivo de determinar a força necessária a fraturar cada um deles; a fractografia foi realizada a partir da inspeção de um modelo tridimensional considerando-se as fraturas cervicais ou fratura vertical radicular. Estudo 2: No segundo estudo, 33 blocos de maxilas cadavéricas contendo 132 pré-molares e molares, direitos e/ou esquerdos, com rizogênese completa, foram coletados e codificados. A remoção cirúrgica dos blocos cadavéricos utilizou a broca 701 e peça reta. O escaneamento dos blocos contendo os dentes foi realizado com uma resolução de 13.18 µm e foi registrado o surgimento de microtrincas dentinárias nos cortes microtomográficos dos espécimes inseridos em suas estruturas periodontais. Resultados. Estudo 1: nenhuma microtrinca preexistente foi detectada nos dentes inseridos nas peças cadavéricas. Estudo 2: A análise bidimensional de 48.530 de cortes microtomográficos conclui não existirem microtrincas dentinárias no modelo cadavérico como observado pelo micro-CT. 79% dos espécimes apresentaram microtrincas (n=44); o número de microtrincas por amostra variou de entre 6% e 42 com uma média de 412 ± 484. As forças necessárias a produção da fratura durante o ensaio oscilaram entre 227N e 924N, com uma média de 560.3 ± 168.1N. O coeficiente de correlação foi igual a 0.065. Conclusões: (1) não há relação de causaefeito entre o número de microtrincas e a resistência a fratura em incisivos inferiores não-tratados endodonticamente; (2) não existem microtrincas dentinárias em dentes não tratados endodonticamente em peças cadavéricas frescas. As conclusões nos obrigam a refletir sobre o real papel do fenômeno das microtrincas dentinárias na Endodontia. |