Fronteiras entrecruzadas: o desencanto dos percursos em 'Maremoto' e em 'Essa dama bate bué'!

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Bernardes, Karol Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/38164
Resumo: Este trabalho parte da análise das obras Maremoto (2021), de Djaimilia Pereira de Almeida, e Essa dama bate bué! (2018), de Yara Nakahanda Monteiro. Ambas exploram os deslocamentos entre territórios em comum – Portugal e Angola –, mas em contextos distintos. Na primeira narrativa, tem-se Boa Morte, um ex-combatente angolano que lutou ao lado dos portugueses na guerra colonial e que, em 1979, viaja para Lisboa. Já na segunda, há Vitória, filha de uma ex-guerrilheira, que resistiu ao lado dos angolanos, e que, em 2003, decide retornar à Luanda. Para o personagem de Almeida, a vida na ex-metrópole era o sonho a ser alcançado e, para a de Monteiro, ao contrário, manter-se em Portugal não era suficiente. Com base nisso, esta pesquisa se propõe a analisar como são estabelecidas as relações entre os dois países nessas obras, considerando os deslocamentos dos personagens entre eles, as fronteiras entrecruzadas – espaciais, identitárias e culturais – com que se defrontam e as outras vozes, antes silenciadas, que as narrativas também colocam em foco. Pretende-se investigar também as diversas formas violências que atravessam as duas obras, como as que se instituem por meio das guerras ou pela precariedade das condições de vida. Para as análises, utilizamos os trabalhos de Achille Mbembe, Donatella Di Cesare, Homi K. Bhabha, Stuart Hall, Julia Kristeva, dentre outros.