Eurípides e a guerra do peloponeso: representações da guerra nas tragédias Hécuba, Suplicantes e Troianas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Kibuuka, Brian Gordon Lutalo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16048
Resumo: Este trabalho, intitulado Eurípides e a Guerra do Peloponeso: representações da guerra nas tragédias Hécuba, Suplicantes, e Troianas, trata do conjunto de imagens e representações da guerra nas tragédias euripidianas. Tais tragédias encenam a guerra mítica e, ao mesmo tempo, conservam alguma relação com a guerra de facto: a Guerra do Peloponeso. Visto que as tragédiassãotextos escritos para serem encenados diante de cidadãos, elas são dotadas de uma natureza cívica e, no caso de Eurípides, Hécuba, Suplicantes e Troianas informam e instruem cada uma delas em um momento distinto da guerra a respeito dos impactos dos conflitos entre Atenas e Esparta, e a respeito dos valores socioculturais que, reafirmados nos enredos, convidam à reflexão os cidadãos de Atenas e das cidades gregas pertencentes à Simaquia Ateniense. Esta pesquisa está dividida três capítulos. O primeiro capítulo trata das questões mais abrangentes relacionadas ao drama grego. A começar das questões fundamentais sobre as relações entre a história e a literatura, procura-se destacá-las no gênero trágico. O segundo capítulo apropria-se das conclusões do capítulo anterior e retoma a discussão tratando inicialmente da teoria da guerra. Em seguida, faz-se uma breve revisão bibliográfica com o objetivo de identificar a documentação da Antiguidade que teoriza a guerra, bem como as abordagens históricas que procuraram estabelecer a série de questões feitas à documentação e que culminam na teoria em vigor. Em seguida, esta pesquisa avança para a descrição das tragédias e do tragediógrafo Eurípides, apresentando o conjunto de peculiaridades do drama euripidiano. O terceiro capítulo apropria-se da teoria de representação, estrutura, mito, pólis, espaço de encenação e da análise das estratégias euripidianas de modificação dos mitos, aplicando os resultados parciais de cada capítulo na análise de três peças, Hécuba, Suplicantes e Troianas, que correspondem a ciclos épicos distintos e a períodos distintos da Guerra do Peloponeso