O negócio do século: o acordo de cooperação nuclear Brasil - Alemanha

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Brandão, Rafael Vaz da Motta
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27657
Resumo: Em 27 de junho de 1975, era assinado o Acordo Entre o Governo da República Federativa do Brasil e da República Federal da Alemanha Sobre Cooperação no Campo dos Usos Pacíficos da Energia Nuclear. Através deste, planejou-se ampliar, significativamente, a participação nuclear na matriz energética brasileira e implementar uma indústria nuclear nacional. Em associação com empresas alemãs, em que se destaca a participação da KRAFTWERK UNION (KWU), foram, originalmente, previstas a instalação de oito centrais nucleares com reatores de 1.300 MWe de potência, o dobro da potência da Usina de ANGRA I, comprada, em 1971, da empresa norte-americana WESTINGHOUSE ELETRIC1 . O seu custo inicial do Programa Nuclear Brasileiro, de cerca de US$ 10 bilhões foi, por diversas vezes, recalculado, tendo, em muito, excedido àquele valor. Das oito usinas previstas, apenas uma, ANGRA II2 , está em funcionamento. De 1985, quando entrou em operação comercial a Usina de ANGRA I, até 2005, a produção acumulada de energia das duas usinas nucleares somam 100 milhões de Megawatts/hora (MWh), o equivalente à produção anual da Usina Hidrelétrica ITAIPU BINACIONAL. No momento em que esta dissertação é redigida, o governo brasileiro discute a retomada do projeto de construção da Usina de ANGRA III. Cálculos feitos por técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o custo marginal médio para a expansão do sistema hidrelétrico seria de aproximadamente R$ 80/MWh, ao passo que o custo de geração de ANGRA III ficaria em torno de R$ 144/MWh. Caso realmente venha a ser concretizada, ANGRA III já será construída fora do âmbito do Acordo Nuclear estabelecido em 1975: no dia 11 de novembro de 2004, o governo brasileiro aceitou a proposta do governo alemão de substituir aquele acordo por um novo acordo de cooperação na área de fontes renováveis de energia e eficiência energética. No momento em que esta dissertação é redigida, o governo brasileiro discute a retomada do projeto de construção da Usina de ANGRA III. Cálculos feitos por técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que o custo marginal médio para a expansão do sistema hidrelétrico seria de aproximadamente R$ 80/MWh, ao passo que o custo de geração de ANGRA III ficaria em torno de R$ 144/MWh. Caso realmente venha a ser concretizada, ANGRA III já será construída fora do âmbito do Acordo Nuclear estabelecido em 1975: no dia 11 de novembro de 2004, o governo brasileiro aceitou a proposta do governo alemão de substituir aquele acordo por um novo acordo de cooperação na área de fontes renováveis de energia e eficiência energética. Esta dissertação pretende discutir e compreender o Acordo Nuclear Brasil – Alemanha Ocidental a partindo do contexto da crise que atingiu a indústria alemã do setor de tecnologia nuclear na década de setenta.