Hélio Oiticica: arte como experiência participativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Cinara de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33062
Resumo: Na presente dissertação, pretende-se, a partir da identificação dos principais pontos de discussão na constituição da poética de Hélio Oiticica, desenvolver essas questões em paralelo com algumas de suas obras, observando sua produção como um todo que se constitui em participação do público, objeto artístico e seus textos. Isso com o intuito de contribuir para a reflexão sobre seu processo artístico na relação obra-poética-público-sistema. Com essa finalidade, foram escolhidos os seguintes itens e obras para serem analisados: o deslimite entre as artes e a tendência ao objeto nas obras Metaesquemas; Monocromáticos (Invenções); Relevos Neoconcretos; Bilaterais e Relevos Espaciais; a participação do público nos Bólides, Núcleos, Penetráveis, Parangolés e Ninhos; a vontade construtiva e antropofágica na Tropicália; o descondicionamento proposto no Éden; a utopia da antiarte presente nas proposições do projeto Barracão, da apropriação Manhattan Brutalista e da performance Delirium Ambulatorium ao se oporem à institucionalização. Esses pontos de questionamento, presentes em suas obras e textos, foram levantados, inicialmente, para essa dissertação, a partir do texto do artista e, posteriormente, também contribuíram, especificamente, para pensar sobre sua poética, os livros (op. cit) de Maria José Justino; de Celso Favaretto; e de Paola Berenstein Jacques. Pôde-se perceber, no decorrer da dissertação, como utopia maior que conduz o seu fazer, a aproximação arte e vida através do “delírio ambulatório” da participação que movimenta os espaços na busca de si mesmo. Por isso, recolocando a questão de Jacques, “é preciso pensar em conservar a noção de participação e, ao mesmo tempo, conservar os espaços em movimento” (Jacques, 2003, p. 150). Isso pode ser percebido como questão definitiva na poética de Oiticica que, se observada por esse posicionamento crítico, aponta a necessidade do descondicionamento para se alcançar a liberdade interior que seria ampliada para o entorno.