Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Cursino, Emília Gallindo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/10796
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Resumo: |
Introdução: A formação do profissional constitui um desafio para a transformação das práticas e melhoria da saúde da população. A integralidade da atenção é um princípio norteador da política de saúde. Cabe, pois, perguntar se o ensino da saúde da criança, no âmbito da graduação, contempla a integralidade da formação dos enfermeiros. Objetivo: Analisar se o ensino da saúde da criança incorpora o princípio da integralidade na formação de enfermeiros. Método: Estudo qualitativo com 16 docentes envolvidos com o ensino da saúde da criança, na atenção básica e hospitalar, em oito instituições públicas de graduação em enfermagem, localizadas em quatro estados das regiões sudeste e nordeste do Brasil. A captação dos dados deu-se por meio de consulta aos planos pedagógicos e análise dos planos de ensino e entrevistas semi-estruturadas. As entrevistas gravadas e transcritas foram submetidas à análise de conteúdo do tipo temática. As categorias analíticas tiveram suporte no referencial teórico da integralidade. Resultados: Constatou-se que os conteúdos dos planos de ensino consideram os determinantes da saúde e dos riscos de adoecimento, as ações de promoção e prevenção da saúde e a atenção a criança doente, de forma que nos aspectos concernentes aos conteúdos teóricos, contempla-se princípio da integralidade. A análise das entrevistas levou a construção de seis categorias. Quatro evidenciaram aproximações do ensino com o princípio da integralidade: ‘a gente trabalha a questão das políticas públicas’; ‘atuação na atenção básica, na área hospitalar e em outros contextos de cuidado’; ‘referencia e contra-referencia ainda é uma meta, mas o aluno tem que saber que existe’; ‘criança inserida na família e no contexto histórico, social e epidemiológico’. E duas referiram-se a distanciamento do ensino com o princípio da integralidade na atenção à saúde da criança: ‘primeiro vem o conteúdo teórico e depois vem a prática’; ‘a gente tem que integrar’. Apreendeu-se dos depoimentos que o ensino se insere em campos de prática diversificados que incluem atenção básica, hospitalar, creches e visita domiciliar que permite ao aluno cuidar da criança sadia e doente nos diferentes níveis de complexidade e em diferentes contextos, o que além de aproximá-lo da realidade da criança e sua família, favorece a incorporação do princípio da integralidade. Entretanto, contatou-se que o ensino teórico e o ensino prático são fragmentados e pontuais, praticamente sem integração entre as diferentes disciplinas, o que compromete a apreensão da abordagem total no atendimento às necessidades da criança, tão pertinente à integralidade. A idéia de que primeiro o aluno deve dominar a teoria para depois ir para a prática revela que o campo prático é utilizado como comprovação da teoria e não como sua fonte desafiadora. Também a inserção pontual do aluno no campo dificulta sua articulação com o cotidiano dos serviços e com o contexto social, comprometendo-se a incorporação da integralidade na formação dos enfermeiros. Conclusões: Nos cursos estudados, evidenciou-se que o ensino da saúde da criança incorpora o princípio da integralidade nos aspectos concernentes aos conteúdos teóricos. Entretanto, pode-se afirmar que há contradição entre o que se propõe nos documentos pedagógicos e o que se efetiva na prática pedagógica. Dessa forma, conclui-se que na prática pedagógica do ensino da saúde da criança, aproximações e distanciamentos do princípio da integralidade dificultam sua incorporação na formação do enfermeiro. |