A indiscrição como ofício: o complexo cafeeeiro revisitado (Rio de Janeiro, c. 1830-c.1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lourenço, Thiago Campos Pessoa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16008
Resumo: Neste estudo tomaremos como questão a reestruturação da escravidão no século XIX no espaço em que a instituição mais se fortaleceu: as zonas da grande lavoura escravista. Centraremos nossa análise em um conjunto de fazendas do vale do café fluminense, de seu processo de montagem, nos anos 1830, até sua derradeira crise, no final da década 1880. Através da alternância de escalas, procuraremos inferir as múltiplas relações entre estrutura e agentes no contexto de construção, desenvolvimento e crise do mundo constituído em torno das fazendas dos irmãos Breves, provavelmente os maiores senhores de escravos do Brasil imperial. Assim, na primeira parte do texto, dimensionaremos os senhores e suas casas, enfatizando o processo de montagem do complexo cafeeiro em sua estreita relação com a reabertura do tráfico ilegal de africanos. Em seguida, analisaremos o resultado desse processo: a constituição de uma cadeia de propriedades articuladas entre si e essencialmente assentadas em uma densa população escrava. Nessa seção, estudaremos os significados da demografia característica das últimas grandes escravarias da América. Na terceira e última parte, acompanharemos os desafios impostos aos senhores na administração de seus complexos, especialmente em relação ao governo dos escravos. Os últimos 40 anos que separam o fim do tráfico atlântico de africanos e a abolição da escravidão no Brasil serão revistos através das agências de senhores, escravos, libertos e livres, nos embates entre a reiteração da dominação escravista e sua implosão