(Re) inventando o autêntico: arte, política e mídia na trajetória intelectual de Ariano Suassuna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bezerra, Amilcar Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13316
Resumo: Neste trabalho, produzimos um mapeamento da trajetória artística e intelectual de Ariano Suassuna, escritor e teatrólogo paraibano radicado há mais de seis décadas no Recife, desde suas primeiras incursões no campo teatral até a consagração nacional alcançada com a recente divulgação de seu pensamento e obra por grandes meios de comunicação de massa brasileiros. Consideramos Suassuna uma personagem cuja trajetória é emblemática para compreender aspectos da formação de um campo cultural - na acepção de Pierre Bourdieu - em Pernambuco a partir da década de 1940. Por outro lado, Suassuna é um dos poucos autores nordestinos a alcançar notoriedade nacional e internacional sem nunca ter se radicado fora da região ou sequer saído do país. As adaptações de sua obra teatral e literária produzidas pela Rede Globo de Televisão e a colaboração como articulista para grandes meios impressos, como a Folha de São Paulo, acabam por transformar Suassuna em celebridade nacional a partir da década de 1990. Por meio da análise de textos publicados pelo autor, sobretudo em jornais, identificamos as principais filiações de seu pensamento nacionalista e de sua defesa incondicional das culturas populares pré-modernas do Nordeste, bem como os movimentos de sua trajetória intelectual em relação às instituições, artísticas, políticas e midiáticas de seu tempo. Por fim, almejamos compreender os sentidos da apropriação de um discurso romântico-regionalista pela mídia contemporânea nacional enquanto signo de autenticidade.