Estratégias de comunicação sobre automedicação em trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva oncológica: abordagem qualitativa com o discurso do sujeito coletivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Alessandro Fábio de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/1005
Resumo: Situação-problema: A automedicação é uma prática comum pelos trabalhadores de enfermagem e podem acarretar riscos a saúde quando não realizada de forma segura. O objeto de pesquisa é o uso da automedicação pelos trabalhadores de enfermagem no contexto da terapia intensiva oncológica. Objetivo geral: Conhecer os motivos e valores que levam os trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva oncológica a utilizarem a automedicação. Objetivos específicos: Identificar as concepções sobre o uso da automedicação pelos trabalhadores de enfermagem em terapia intensiva oncológica; Analisar no discurso do sujeito coletivo o significado da adoção da automedicação; Criar estratégias de comunicação que atendam ao trabalhador e orientem o uso seguro da automedicação. Método: Pesquisa qualitativa, exploratória e descritiva, com apoio da técnica de Análise do Discurso do Sujeito Coletivo. Os dados foram coletados na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital do Câncer II – INCA-RJ. Os participantes foram 25 trabalhadores de enfermagem. A coleta de dados se deu a partir de um roteiro de entrevista e um questionário e os dados organizados através do software Qualiquantisoft. Resultados: A automedicação é realizada pelos trabalhadores de enfermagem e os medicamentos mais utilizados são os analgésicos e os anti-inflamatórios, apresentando reações adversas e revelando ainda o uso de drogas psicoativas. O acesso se dá entre outros pela facilidade de uso de medicamentos disponíveis no setor, uso de prescrições cedidas por médicos que trabalham nos hospitais ou com medicamentos cedidos por conhecidos. Aparecem como motivos para uso da automedicação o excesso de carga horária, o conhecimento desenvolvido com as medicações, a facilidade de obter os medicamentos além do hábito cultural da população brasileira, afirmando que trabalhar na enfermagem está diretamente relacionado com a prática da automedicação. Conclusão: Faz-se necessário uma revalidação do autocuidado, haja vista que a negligência do cuidado de si, abdicar do tempo para si em prol do trabalho, remete a preocupação com o uso indiscriminado da automedicação. Os fatores educacionais podem contribuir para a automedicação mais segura e para a redução dos riscos. Vemos a necessidade de desenvolver projetos de educação em saúde para redução dos agravos decorrentes da automedicação