Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Abreu, Luciana de Paiva Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27762
|
Resumo: |
A demanda mundial por alimentos hoje, traz a necessidade de um melhor aproveitamento daquilo que é produzido. Neste cenário, o uso de defensivos agrícolas vem crescendo com o passar dos anos. Junto a isso, problemas de contaminação do meio ambiente e à saúde humana são pautas de muitas discussões. Como alternativa sustentável a este cenário, surgem estudos a respeito do biocontrole de patógenos por meio de microrganismos produtores de compostos antimicrobianos. Neste trabalho foi avaliada a aplicabilidade de uso do Bacillus amyloliquefaciensVR002 como agente de controle dos fungos Fusarium sp., Penicillium sp., Aspergillus flavus e Aspergillus brasiliensis por meio de ensaios in vitro. Foram testados: o caldo bacteriano contendo as células, os compostos orgânicos voláteis e o filtrado do sobrenadante livre de células produzido por B. amyloliquefaciensVR002 na inibição de cada um dos fungos mencionados. Variáveis como a concentração e tempo de cultivo bacteriano foram avaliadas em relação à sua influência na inibição fúngica. Dentre as técnicas que mais se destacaram estão o uso dos compostos voláteis e do sobrenadante produzido pela bactéria, que mesmo em temperaturas de esterilização teve resultados significativos quanto à inibição fúngica. Dentre os fungos testados, o Fusarium sp. foi o que apresentou maior sensibilidade à presença do B. amyloliquefaciensVR002, tendo uma inibição acima de 96% tanto no teste utilizando compostos orgânicos voláteis (COVs), quanto nos testes com o sobrenadante livre de células e autoclavado. Quanto ao fungo Penicillium sp., a inibição ocorreu de forma mais acentuada através do teste com os compostos orgânicos voláteis quando utilizado o volume de 40 μL de caldo bacteriano na placa oposta, inibindo o crescimento fúngico em 89%. Da mesma maneira, o Aspergillus flavus, foi melhor inibido através do teste utilizando os compostos orgânicos voláteis produzidos por 40 μL do caldo contendo B. amyloliquefaciensVR002 incubado por 72 h, inibindo 83% do crescimento micelial fúngico. Em relação a Aspergillus brasiliensis, o resultado mais favorável ocorreu utilizandose o sobrenadante livre de células da cultura bacteriana, na concentração de 10% (v/v), inibindo 98% do crescimento micelial do fungo. Foi comprovada a resistência térmica do sobrenadante à temperatura de esterilização, tendo suas características de inibição fúngica reduzidas em torno de 51% na menor concentração (10%) e não houve redução da atividade antifúngica na concentração de 30%. As conclusões indicam que todos os fungos avaliados têm seu crescimento afetado pela ação dos compostos antifúngicos produzidos por B. amyloliquefaciensVR002, todas as quatro metodologias empregadas demonstraram ser eficientes na inibição fúngica, cada metodologia com diferentes aplicabilidades práticas. |