Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Marques, Fernanda Jordão Pinto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35276
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Resumo: |
O desenvolvimento neuropsicomotor da primeira infância é uma fase progressiva biopsicossocial da vida que impacta nas condições sociais, educacionais e de saúde das nações. Alguns anos após a epidemia do vírus Zika, as famílias de crianças nascidas com a Síndrome Associada à Infecção pelo Vírus Zika (SCZ) continuam enfrentando incertezas no que diz respeito ao desenvolvimento de seus filhos. O presente estudo buscou analisar a trajetória do desenvolvimento de um grupo de crianças nascidas com SCZ nos primeiros 24 meses de vida. Foi feito um estudo prospectivo de crianças nascidas com SCZ e respectiva avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor. Os participantes foram avaliados com a Escala Bayley-III aos 12 e 24 meses de idade, no período de novembro de 2016 a dezembro de 2018. O estudo foi realizado na Rede SARAH de hospitais de reabilitação do Rio de Janeiro com trinta e cinco crianças. O critério de inclusão se refere a crianças com diagnóstico de SCZ. Os critérios de exclusão envolveram a presença de artrogripose, prematuridade, seguimento irregular, complicações clínicas ou outras causas de microcefalia. Já as crianças nascidas com SCZ que evoluíram para Paralisia Cerebral (PC) foram classificadas de acordo com o Gross Motor Function Classification System (GMFCS) aos dois anos de idade. Como resultados, percebeu-se que aos 12 meses de idade, as pontuações compostas médias na Escala Bayley III nos domínios cognitivo, comunicação e motor foram de 57.71 (DP 7.11), 57.94 (DP 14.34) e 49.26 (7.20), respectivamente. Aos 24 meses de idade, os escores compostos foram 57.43 (DP 7.11), 53.60 (DP 12.29) e 48.83 (7.76). Além disso, 31 crianças com diagnóstico de PC (88.57% do total) foram classificadas nos níveis GMFCS IV e V. Como conclusões e relevância destaca-se que a infecção congênita pelo vírus Zika é um fator de risco para o comprometimento funcional em todos os domínios do neurodesenvolvimento, além de afetar vários sistemas biológicos da criança. Isso impacta negativamente e de forma substancial o desenvolvimento neuropsicomotor da primeira infância. A prestação de cuidados de apoio a longo prazo para crianças com SCZ, bem como para suas famílias, continua sendo uma demanda substancial dos sistemas de saúde e programas comunitários. |