A adolescência na medicina: um olhar antropológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: COSTA, Fernando Cesar Coelho da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9315
Resumo: A presente tese pretendeu interpretar o olhar dos novos responsáveis pelo saber e intervenção sobre os corpos dos indivíduos denominados adolescentes em sociedades contemporâneas – os médicos de adolescentes –, como percebem seu objeto de estudo e atuam em sua intervenção; como polemizam internamente sobre os melhores meios de criar condições para a existência de uma “adolescência saudável”. Sua premissa é a de que a instituição médica, bastante eficaz na “cura” de organismos humanos seria tributária do reconhecimento da maior parte dos indivíduos nas sociedades modernas, trabalhando também, senão principalmente (ao menos junto aos “adolescentes”), em uma esfera denominada físico-moral. Operando, através de um conhecimento que modela, consagra ou repele comportamentos tidos como próprios à sua saúde e idade nas sociedades contemporâneas, uma forma educativa, frente aos padrões contemporâneos. A medicina “científica” institucionalizaria, além da possibilidade de “cura” de corpos, um padrão de comportamento entendido como o mais adequado à vida humana, dentro da faixa etária em foco; o que pode excluir, por intermédio do convencimento, outros saberes sobre o organismo humano e tratamento de seus males. Utilizo o olhar antropológico para demonstrar o aspecto educativo, senão moral, e simbólico da intervenção médica sobre esses pacientes – fundamental, aliás, entre os que sentem, de forma direta ou indireta, o efeito da modernidade.