Prevalência de contenção mecânica em Instituições de Longa Permanência para Idosos no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Delvalle, Romulo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8804
Resumo: Introdução: O conceito de contenção mecânica adotado nesse estudo foi qualquer método manual ou físico, equipamento mecânico, ou material anexado; ou adjacente ao corpo do indivíduo; que o indivíduo não possa retirar facilmente; que restringe a liberdade ou movimento ou acesso normal ao próprio corpo. Objetivo geral: Estimar a prevalência de contenção mecânica em instituições de longa permanência para idosos no Rio de Janeiro. Objetivos Específicos: Identificar a prática de contenção em ILPIs no Rio de Janeiro; e Investigar se existem variáveis associadas da prática de contenção; produzir material informativo aos promotores de justiça sobre a contenção de idosos e a violação de direitos. Método: Trata-se de um estudo transversal e/ou seccional com abordagem quantitativa, realizado em 14 ILPIs, com um amostra estimada de 378 idosos, abordadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e pelo Grupo de Apoio Técnico Especializado Instituições e Direitos Sociais – GATE/IEDS. Resultados: Estima-se que a prevalência de contenção nas ILPIs do Estado do Rio de Janeiro seja de 7,45%, com erro de previsão de 2,45% ao nível de 95% de confiança. Sem considerar a grade no leito como contenção, estima-se que a prevalência de contenção nas ILPIS do Estado do Rio de Janeiro a seja de 3,84%, com erro de previsão de 1,79% ao nível de 95% de confiança. A prevalência da Síndrome da Imobilidade entre os idosos das ILPIS do Estado do Rio de Janeiro seja de 18,2% e a Contenção não está significativamente associada à Síndrome de Imobilidade (p-valor=0,202 do Teste Qui-quadrado). Tipicamente esta contenção ocorre em cama hospitalar (45,5% dos casos), o tipo de contenção é a grade no leito da cama hospitalar (45,5%) dos casos. A principal justificativa para a utilização da contenção é o risco de quedas (66,7%) e a duração da contenção, na maioria dos casos (84,8%), é de 24 horas. Os resultados mostram que os idosos contidos diferem significativamente dos não contidos apenas no que se refere: ao seu estado de deambulação (p-valor=0,000 do Teste qui-quadrado; aos seus escores KATZ (p-valor=0,000 do Teste de Mann Whitney); aos seus escores MEEM (p-valor=0,000 do teste de Mann Whitney) e à prevalência de Demência de Alzheimer, que é significativamente maior no grupo de contidos (p-valor=0,001 do este qui-quadrado). Foi verificado ainda por análise de correlação, que a contenção independe, ou seja, não está correlacionada ao número de leitos e ao número de profissionais da instituição. Conclusão: A prevalência de contenção mecânica apesar de baixa foi significativa com desfechos de piora na deambulação, da perda cognitiva, da dependência para atividades de vida diária e para o diagnóstico de demência, o que implica dizer que a adoção dessa prática pode implicar em risco de fragilidade aos idosos