Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Zanghelini, Fabrício André |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37370
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Resumo: |
O surgimento das plataformas digitais representa uma profunda intensificação do processo de reestruturação produtiva promovido pelo capital desde a década de 1970. Embora isso não signifique uma ruptura com as leis gerais do modo de produção capitalista, essa nova etapa de desenvolvimento das forças produtivas tem estabelecido importantes especificidades na relação entre trabalho e capital e, por conseguinte, na produção de valor. O objetivo desta tese é, portanto, apresentar uma nova interpretação teórica, à luz da teoria de Marx, sobre a relação social entre trabalho e capital no caso específico das plataformas digitais como a Uber. Argumenta-se que a natureza dos lucros de tais plataformas não reside na apropriação de trabalho excedente por meio da troca da força de trabalho por capital variável, mas sim na apropriação de renda no âmbito da esfera da circulação. Essa apropriação resulta de uma mediação parasitária entre os motoristas e os passageiros, propiciada pela propriedade de um determinado meio técnico, que permite a subsunção material do trabalho dos motoristas e, portanto, a reestruturação do tradicional serviço de deslocamento de passageiros. Em última análise, essa específica relação social, na qual um determinado tipo de capital se apodera e controla externamente o processo de trabalho, pode ser vista como uma forma regressiva de acumulação, que em nada ajuda o capital a encontrar uma saída para a sua crise. |