O que a literatura científica nos mostra sobre as condições vivenciadas por travestis e mulheres nas prisões brasileiras: uma revisão de escopo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Marques, Taynah Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37650
Resumo: O Brasil é atualmente o terceiro país que mais encarcera no mundo e, ao mesmo tempo, o que mais mata travestis e pessoas trans. Dessa forma, não é por acaso que o cruzamento da transfobia e de um sistema punitivista tão presente, vem se tornando um tema de extrema importância e que tem sido abordado cada vez mais em diferentes áreas do conhecimento. Com a intenção de sintetizar o que vem sendo explorado, sobre essa realidade, nos artigos acadêmicos, foi feita uma Revisão de Escopo (também chamada de Scoping Review ou Revisão Abrangente), com data limite de publicação de dezembro de 2023, nas seguintes bases de dados: Web of Science, Scopus, Scielo e Bielefeld Academic Search Engine. O objetivo desta Revisão concentrou-se na identificação das condições encontradas pelas travestis e mulheres trans dentro do sistema prisional brasileiro. Entre os 1.324 estudos encontrados, 521 artigos eram duplicados e, após leitura dos resumos dos artigos restantes, 779 foram excluídos por não contemplarem o objetivo desta revisão. Desta forma, 24 artigos foram submetidos à análise completa. A pesquisa foi realizada de acordo com o protocolo PRISMA-ScR e a análise dos dados foi construída a partir de pressupostos da Análise Temática e da Teoria da Interseccionalidade. Como resultados, percebe-se uma série de violações dos Direitos Humanos e formas de subterfúgios encontradas por essa população dentro do contexto carcerário. Esses achados foram categorizados em cinco temas: Saúde, Violência, Ambiente Prisional, Papéis de Gênero no Cotidiano Prisional e Estratégias e Caminhos de Sobrevivência. Destaca-se a falta de dados relacionados à raça e à faixa etária das travestis e mulheres trans participantes de pesquisas já realizadas