A ferro e fogo: a Folha de São Paulo e a vanguarda modernização do jornalismo brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Mello, Yasmine Hofmann Rodrigues e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/16673
Resumo: A Folha de S. Paulo, com o Projeto Folha nos anos 1980, em pleno processo de redemocratização do Brasil, buscou estabelecer uma transformação em seu jornalismo impresso. As mudanças editoriais visavam aplicar os princípios estilísticos norte-americanos associando-os às leis de mercado. Para aplicar esse modelo, no entanto, a Folha utilizou mecanismos de controle, coerção e centralização para padronizar suas produções jornalísticas. A partir dessa nossa leitura, a intenção ao empreendermos uma análise do PF foi estudá-lo através de suas semelhanças com as diretrizes políticas de Lenin e Gramsci. Ao observarmos características políticas como sendo pontos estruturais na organização do PF, este trabalho pôde identificar como a modernização do jornal perpassou também por um processo de reelaboração de sua memória para inseri-lo dentro de um jornalismo associado à ideia de moderno e de vanguardista. Através de historiadores renomados pôde-se legitimar uma retórica modernizadora que era descrita como democrática, moderna e inovadora, mas apresentava características totalitárias, autoritárias e centralizadoras. Ao observarmos esses postulados políticos em seu processo de modernização acreditamos que haja a necessidade de uma maior reflexão dos pesquisadores sobre como as estruturas do jornalismo brasileiro foram edificadas.