Incidência do diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada na rede suplementar de saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Schwartz, Sócrates Miranda de Oliveira Xavier
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/4006
Resumo: A identificação acurada do diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada (código 00100) pode auxiliar no planejamento do cuidado, proporcionando a segurança cirúrgica para prevenção de danos ao paciente. Objetivo: Avaliar o diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada em pacientes cirúrgicos da rede suplementar de saúde. Método: Trata-se de um estudo de coorte prospectiva com uma amostra aleatória simples de 144 participantes. Com esse tamanho amostral pode-se afirmar que as proporções identificadas consideram-se ao nível de confiança de 95% e a erros percentuais máximos de 8,37%. Foram critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos; estar no segundo dia de pós-operatório, ou seja, pós-operatório mediato de cirurgias urológicas ou cirurgia geral; que puderam ser acompanhados até o momento da alta hospitalar e que apresentaram disponibilidade para atender uma ligação telefônica após um mês da alta hospitalar. Critérios de exclusão: pacientes em reinternação para revisão cirúrgica de procedimento realizado nos últimos 60 dias. A coleta de dados foi realizada no período de março a setembro de 2016 por meio do instrumento de produção de dados, cujas variáveis foram as características definidoras e os fatores relacionados do diagnóstico de enfermagem recuperação cirúrgica retardada. Os dados sociodemográficos e clínicos provenientes da análise documental de consulta ao prontuário também foram coletados e decodificados através de instrumento de avaliação. Para a análise dos dados, utilizou-se o programa SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 22.0, e o programa Microsoft Excel 2007. Resultados: A incidência de Recuperação cirúrgica retardada foi estimada em 6,9%. O tempo de internação total (0,026) e o tempo de internação pós-operatório (0,001) foram distintos nos dois grupos. A ocorrência do diagnóstico não esteve relacionada à idade (0,505), nem ao sexo do paciente (0,745); ou ao tipo de cirurgia, se geral ou urológica (0,309). Apendicectomia foi a cirurgia mais incidente estimada em 5,3%, juntamente com a Remoção de Cálculo Renal, estimada em 7,1%. As características definidoras do Diagnóstico que estiveram significativamente associadas foram: Mobilidade Prejudicada (0,033); Perda de apetite (p 0,011); Precisa de ajuda para o autocuidado (0,038) e Desconforto (0,014). Ao considerar que as melhores características definidoras são aquelas que maximizam simultaneamente tanto a Se (sensibilidade) quanto a Es (especificidade) e Ac (acurácia), teve-se: Perda de Apetite (Se=70; Es=71,6; Ac=71,5); Precisa de Ajuda para o Autocuidado (Se=70%; Es=657%; Ac=66%); Desconforto (Se=80,0%; Es=64,2%; Ac=65,3%) e Mobilidade Prejudicada (Se=80,0%; Es=55,2%; Ac=56,9%). Conclusão: A taxa de incidência de recuperação cirúrgica retardada é maior na rede pública de saúde quando comparada à rede suplementar. A identificação do diagnóstico possibilita instituir medidas protetoras que previnem prolongamento no tempo da recuperação cirúrgica e promover adoção de políticas para segurança do paciente cirúrgico