Origem, distribuição e biodisponibilidade de metais em águas, sedimentos e solos de um trecho da sub-bacia do Rio Paraibuna, MG, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Soares, Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7899
Resumo: A cidade de Juiz de Fora possui mais de meio milhão de habitantes e é a quarta mais importante do estado de Minas Gerais. A cidade possui uma longa tradição industrial, merecendo destaque a existência de curtumes e de uma metalúrgica que há décadas despejam efluentes sem tratamentos adequados nos córregos e rios da região, sendo que o seu principal rio é o Paraibuna. Este estudo teve como objetivo determinar a extensão dos impactos originados por duas fontes pontuais de poluição, um curtume e uma metalúrgica de zinco aos diferentes compartimentos ambientais (água, sedimento e solo) em um trecho industrial da cidade de Juiz de Fora, MG. Foram coletadas amostras de água, sedimentos e solos, analisados diferentes parâmetros de qualidade ambiental in situ e ex situ e comparados com as resoluções CONAMA 344, 357 e 420, respectivamente. A técnica analítica para a determinação dos metais foi ICP OES e ICP-MS. O estudo revelou que em alguns pontos as concentrações de alguns metais potencialmente tóxicos (Cd, Co, Cu, Pb, Mn, Ni e Zn) estão acima dos valores máximos permissíveis das respectivas resoluções. Além disso, foi observada a presença de altos valores da espécie Cr+6 nas amostras de água, sedimento e solo próximas ao curtume. O fracionamento geoquímico corroborou a origem antrópica de muitos metais nos sedimentos e solos. Os resultados deste estudo permitiram inferir que o curtume descarta efluentes não tratados em uma vala, que por sua vez polui os solos marginais com metais, assim como as águas e sedimentos do rio Paraibuna, impossibilitando os usos recomendados para águas doce de classe II. Por outro lado, a metalúrgica polui o córrego das Três Pontes que por sua vez transborda e contamina os solos marginais, este córrego também contamina as águas e sedimentos do rio Paraibuna. Concluiu-se que este trecho da sub-bacia do rio paraibuna se constitui em um ambiente natural frágil.