Tratamento de efluentes provenientes da indústria curtidora, empregando acelerador de elétrons

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Anderson Luís de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-21112019-155745/
Resumo: A indústria curtidora brasileira está entre os principais países produtores de couro do mundo. O processo produtivo de um curtume tem por finalidade transformar a pele animal em couro e envolve uma sequência de reações químicas complexas e o consumo significativo de água. O efluente do processo de curtimento se caracteriza pela alta salinidade, alto teor de matéria orgânica, presença de corantes, surfactantes, sulfeto e cromo. Os curtumes normalmente possuem estações de tratamento de efluentes, visando minimizar seus impactos ambientais e atender à legislação vigente para padrões de lançamento. Dentre as tecnologias alternativas de tratamento de efluentes, têm-se os Processos de Oxidação Avançada (POA\'s). O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da radiação ionizante para o tratamento de efluentes da indústria curtidora, empregando acelerador de elétrons. Os efluentes brutos de um curtume foram irradiados com doses de 10, 20, 30, 40, 50 e 60 kGy. A eficiência deste processo e do tratamento convencional (coagulação/floculação) foram avaliadas pelos resultados dos parâmetros de cromo hexavalente, demandas química e bioquímica de oxigênio (DQO e DBO), óleos e graxas, sólidos suspensos totais e sulfeto, além do ensaio de toxicidade aguda com o microcrustáceo Daphnia similis. A radiação ionizante mostrou-se eficiente, alcançando remoção média para DBO (29,4%), DQO (20,2%), óleos e graxas (26,7%), sólidos suspensos totais (36,6%) e sulfeto (74,3%). Quanto ao parâmetro ecotoxicidade, as amostras originalmente apresentaram-se com elevada toxicidade para efeito agudo em dafnídeos e a irradiação resultou em remoção média de 34,0% da toxicidade nos efluentes irradiados.