Jovens trabalhadores-estudantes: a construção da vontade coletiva em experiências de ocupação de escolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Gomes, Luiz Augusto de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15792
Resumo: Esta dissertação, resultado da pesquisa de mestrado, tem como objetivo refletir sobre as dimensões educativas das experiências de ocupação das escolas ocorridas no Brasil no primeiro semestre de 2016, em especial no Estado do Rio de Janeiro. A relevância deste trabalho encontra-se na constatação de que o processo de ocupação das escolas brasileiras faz parte de um acúmulo histórico de lutas da classe trabalhadora. Além disso, buscamos no conceito de vontade coletiva do italiano Antonio Gramsci, as vontades que impulsionaram os jovens trabalhadores-estudantes a ocuparem as escolas e reproduzirem suas vidas coletivamente. Para isto, visitamos diversas instituições ocupadas na região metropolitana do Rio de Janeiro. Foram cerca de 20 entrevistas individuais com os jovens trabalhadores-estudantes dos C.E. Paulo Assis Ribeiro (CEPAR), C.E. David Capistrano e ao Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho (IEPIC), situados em Niterói. Em São Gonçalo, conseguimos entrevistas com estudantes do C.E. Pandiá Calógeras e, no município do Rio de Janeiro, a E. E. Compositor Luiz Carlos da Vila. No âmbito nacional, buscamos compreender o movimento de ocupação de escolas a partir de jornais e revistas que nomeamos de “alternativos”, identificando as principais formas de protesto e organização dos estudantes. Por fim, entendemos que a coletividade das experiências da ocupação, seja na forma de auto-organização ou na forma de autogoverno, ajuda a transformar as vontades individuais em vontades coletivas. Seria precoce falar em uma vontade coletiva, por isso optamos em utilizar germes da vontade coletiva, pois entendemos que o movimento, mesmo em suas contradições, tende a unificar as vontades individuais do seu interior a partir da coletividade