Pra bom entendedor, meia palavra basta? Relato integrado e legibilidade nos relatórios de gestão do setor público brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Alves, Mariana Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25591
http://dx.doi.org/10.22409/PGPPD.2021.mp.06413840501
Resumo: O Relato Integrado (RI) é uma abordagem de relatório que vem sendo adotada por organizações e discutida pela academia, por sua proposta de articular informações financeiras e nãofinanceiras em um único relatório. Inicialmente concebido para o setor privado, também o setor público passou a ser inserido nas possibilidades de aplicação do modelo. Desde o exercício financeiro de 2018, a administração pública federal brasileira, sob normatização do Tribunal de Contas da União (TCU), presta suas contas em Relatórios de Gestão estruturados nos moldes do RI. Essa pesquisa buscou avaliar o impacto na legibilidade dos Relatórios de Gestão evidenciados pelas unidades apresentadoras de contas (UAC’s) do setor público brasileiro nos exercícios compreendidos entre 2016 e 2019, com a mudança de sua estrutura a partir da adoção do modelo de Relato Integrado, no exercício de 2018. Para a aferição da legibilidade, utilizouse o índice de Flesch (1948) aplicado a 3.720 relatórios de gestão produzidos por 930 instituições nos 4 anos analisados. Além disso, estatísticas descritivas, o teste de KruskalWallis e o Dunn Test foram realizados para proceder com a interpretação dos dados encontrados. Os resultados mostraram que a mudança gerou relatórios mais concisos. No entanto, diferentemente do esperado, sua legibilidade sofreu redução ao longo dos anos, e, em especial, na adesão do RI. Também foi verificado que a legibilidade apresentou comportamento diferente, quando analisada por natureza jurídica. Ademais, percebeu-se que instituições elencadas pelo TCU para terem suas contas julgadas apresentaram legibilidade menor que aquelas que não seriam. As constatações apontam para a demanda de aprimoramento na construção de relatórios seguindo a abordagem do RI. Para isso, recomenda-se maior clareza por parte do TCU no enfoque à produção de documentos legíveis, e maior treinamento de preparadores para entender os propósitos e a sua contribuição no alcance dos objetivos