A supervisão clínico-institucional em análise: a narrativa de uma experiência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Costa, Roberta Bezerra
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25461
Resumo: Esta dissertação teve como objeto a dinâmica da supervisão clínico-institucional (SCI) como espaço de educação permanente e produtor de saberes e de mudança das práticas em Saúde Mental. Entende-se que esta constitui um dos dispositivos de mudanças na gestão do trabalho em Saúde Mental, com a função de fortalecer a Reforma Psiquiátrica Brasileira no que tange à proposta de novas formas no cuidado ao portador de sofrimento psíquico. Através do percurso da pesquisadora em alguns serviços de saúde mental, relata perceber que podem apresentar um viés de improdutividade, aniquilamento e constrangimentos que provocam um distanciamento dos saberes que sustentam o espaço. Os objetivos da pesquisa foram: mapear os saberes que sustentam a supervisão clínico-institucional e cartografar como esses saberes operam na construção dessa Supervisão. Metodologia: o presente estudo realiza uma abordagem cartográfica, se constituindo uma pesquisa-intervenção, com abordagem qualitativa. Os participantes foram os profissionais de saúde e a supervisora de um Centro de Atenção Psicossocial III, do município do Rio de Janeiro. Os dados foram produzidos em cinco encontros e tiveram como base as narrativas dos participantes e o instrumento de coleta foi o diário de campo. Discussão: as narrativas foram transcritas e a partir delas se revelam dois marcadores: supervisão e implicações da supervisora. Os resultados apontaram que vários saberes sustentam a supervisão clínico-institucional, sendo eles: Psicologia, Enfermagem, Medicina, Serviço Social, Musicoterapia, Artes, Dança (expressão corporal), Gestão, Política, e a concepção e funcionamento do território. Esses saberes, na maioria das vezes, dialogam e possibilitam a produção do cuidado no serviço e no território, a articulação de serviços de saúde, o compartilhamento do cuidado, o trabalho intersetorial e o acolhimento à crise e ao sofrimento psíquico. Como considerações finais, a pesquisa conclui que a supervisão, neste serviço, opera contemplando os seus pressupostos, em que a educação permanente e a produção do cuidado em Saúde Mental são fomentados e realizados.