Caracterização da região da elevação do Rio Grande a partir da identificação de eventos de gravidade e outras feições geológicas observadas através da sísmica de alta resolução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferraz, Débora de Resende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/34210
Resumo: A Elevação do Rio Grande (ERG) se localiza a, aproximadamente, 1200 km da costa sudeste brasileira, dividindo as bacias oceânicas da Argentina e do Brasil, e sua diferença batimétrica em relação ao assoalho oceânico adjacente pode chegar a 4000 m. Comumente caraterizada por ser composta por duas porções distintas, oeste e leste, a ERG é uma feição cuja história geológica ainda não foi totalmente compreendida e que vem sendo melhor estudada, principalmente, pela sua importância econômica e estratégica para o Brasil. Neste trabalho, a partir da análise de dados de sub-bottom profiler (SBP), e com auxílio de dados de batimetria multi-feixe, buscou-se caracterizar a região da ERG, a partir da identificação de feições relacionadas a eventos de gravidade, assim como outros tipos de processos geológicos e oceanográficos. Os dados, coletados em 2019 com apoio do Navio de Pesquisa Hidroceanográfico (NPqHo) Vital de Oliveira, da Marinha do Brasil, mostraram, com relativa frequência, a ocorrência de movimentos de gravidade ao longo da história recente da região, sendo que a localização das mesmas, de modo geral, se concentra entre a ERG leste e oeste. Além dos movimentos de gravidade, identificou-se falhas no pacote sedimentar, em alguns casos atingindo o assoalho oceânico, que foram relacionadas a falhas poligonais, tanto pela origem não tectônica deste tipo de falha, em consonância com o caráter assísmico atribuído à ERG por diversos autores, quanto pela semelhança com falhas poligonais descritas em outros trabalhos. Foram observadas ainda estruturas que parecem ser altos do embasamento atravessando pacotes sedimentares aparentemente não perturbados, bem como feições interpretadas como contornitos e ondas de lama. Os diferentes cenários encontrados a partir da análise dos dados de fundo e sub fundo da ERG indicam que a região se trata de um ambiente diversificado, em termos de feições, estruturas e processos, e dinâmico, apresentando eventos geologicamente recentes