Presença de rochas vulcânicas e crostas de ferro-manganês na porção norte do Rifte Cruzeiro do Sul na Elevação do Rio Grande

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sergipe, Paula Possamai
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-30092022-144203/
Resumo: A Elevação do Rio Grande é considerado um extenso alto estrutural, que vem sendo cada vez mais estudado, situado no Oceano Atlântico Sul. Seu potencial exploratório aumenta cada vez mais o interesse de se conhecer e entender sua gênese, dinâmica e tectônica regional, além de sua composição. Alguns estudos indicam a presença de rochas vulcânicas, de origem basáltica, associadas à sua origem vulcânica e outros já apontam a presença de crostas ricas em Ferro e Manganês na região, o que eleva o interesse científico, por parte de universidades, e econômico em relação às atividades mineradoras. O objetivo deste trabalho é determinar ocorrências de rochas vulcânicas e crostas de FeMn na porção norte do Rifte Cruzeiro do Sul, caracterizando a geologia nesta região e determinando seus padrões de distribuição. Para isso, foram utilizados dados de batimetria multifeixe, sidescan sonar, dragagens e magnetometria, de forma a integrar os resultados, trazendo uma interpretação mais íntegra da região e atribuindo uma maior confiabilidade nos resultados. No entanto, para que as crostas possuíssem uma característica magnética significativa, as mesmas teriam de conter um volume de magnetita grande o suficiente para influenciar no campo magnético e gerar anomalias magnéticas. Como as crostas se apresentaram com espessura mínima e, por vezes, erodida em superfície, este material pôde ser melhor associado aos dados batimétricos, de sidescan sonar e geológico. Por outro lado, a partir das interpretações das anomalias magnéticas e com base na aplicação dos filtros de Amplitude do Sinal Analítico (ASA) e Redução ao Polo (RTP), este estudo permitiu sugerir locais onde as rochas basálticas poderiam ser encontradas, em concordância com a literatura, apresentando polarizações predominantemente normais e, eventualmente, reversas nas áreas A1 e A2. Estes resultados foram confirmados com os dados coletados pelas dragas. Além disso, foi possível destacar lineamentos magnéticos nestas áreas, vistas após a aplicação do filtro Tilt Derivative, com destaque àqueles localizados nas bordas do rifte. Estes definem uma zona de falhas normais. Durante a formação do Rifte, movimentos transcorrentes causaram intenso fraturamento que originou intrusão de magma na região das falhas e as mesmas puderam ser associadas às principais anomalias encontradas pelo ASA e é acordado que sua origem tenha relação com o processo de rifteamento e expansão do assoalho oceânico.