Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santa Bárbara, Marcelo De Jesus |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/34291
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Resumo: |
O Brasil, durante o período 2003 2014, apresentou se na esfera internacional como potência emergente e pacífica, mas, sob a vigência do Paradigma Logístico, buscou conciliar, em seu processo de projeção de poder na África, tradicional política externa multilateral com o uso do Exército como instrumento de soft power. A pesquisa, discutindo em que medida se processou a convergência entre a Política Externa Brasileira (PEB) e a inserção internacional do Exército Brasileiro (EB), mapeou e analisou a presença do EB na África. Tal processo se deu no contexto das opções político estratégicas expressas pela Política de Defesa Nacional (PDN) (2005 e 2012), pela Estratégia Nacional de Defesa (END) (2008) e pelo Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN) (2011), convergindo tradicionais princípios da política externa brasileira com a projeção de seu poder brando na África. Assim, buscou atrair para sua órbita de influência países do continente africano, definidos como parte do entorno estratégico do Brasil. Retroagindo ao final da Segunda Guerra Mundial, analisou se como a visão do Exército sobre a África mudou do enfoque norteado pelas concepções da Escola Superior de Guerra (ESG), por meio da Doutrina de Segurança Nacional (DSN), que representava o Brasil como fortaleza na defesa dos valores do Ocidente na contenção do então chamado “perigo vermelho”, para uma visão que agora apregoa a importância de manter e ampliar os diálogos regulares e a interdependência econômica com exércitos de países africanos. Com isso, visou se a promover a integração e a confiança mútua, a fim de contribuir para a consolidação das estruturas viabilizadas pela política externa brasileira, com o fito de conservação da estabilidade no Atlântico Sul. De modo geral, a atuação do Exército Brasileiro em terras africanas buscou convergência com a política Sul Sul de diversificação das chamadas “parcerias estratégicas”, que conduziram o Brasil ao aprofundamento das relações de cooperação, o que se concentrou prioritariamente nos países africanos de língua portuguesa (Palop), buscando conciliar com sua prática de projeção de poder um discurso soft power e a cooptação doutrinária. Contudo, se, por um lado, os objetivos do Exército e a política externa caminharam no sentido da consolidação da zona de paz e cooperação no Atlântico Sul (Zopacas), por outro, esse processo não se deu sem que alguns aspectos defendidos pela caserna divergissem da visão tradicional da diplomacia nacional em termos da ênfase dada pelos militares de que existe grande espaço para o fomento da indústria de defesa nacional com o aumento da venda de meios de emprego militar na África. |