Teletrabalho em um campus do IF Sudeste MG: proposição de um programa de capacitação para gestores e servidores TAEs

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guimarães, Vinícius Amaral
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29208
Resumo: A presente pesquisa teve como objetivo principal investigar os impactos do teletrabalho, em um contexto imposto pela pandemia de Covid-19, sobre o desenvolvimento das atividades laborais dos servidores Técnico Administrativos em Educação (TAEs) do campus Juiz de Fora do IF Sudeste MG. Como objetivos específicos, procurou-se: (i) traçar o perfil dos servidores TAEs do campus Juiz de Fora; (ii) verificar a preparação técnica da força de trabalho para o desenvolvimento deste novo modelo de trabalho; (iii) apurar a adesão/disposição dos servidores TAEs para o ingresso ou não neste novo modelo laboral, após sua implementação formal, conforme preconizado pelo Programa de Gestão do Governo Federal na figura da IN 65 de 2021 e Decreto 11.072 de 2022; (iv) propor, na figura de um produto/artefato tecnológico, um programa de capacitação voltado à qualificação dos gestores e dos servidores TAEs do campus Juiz de Fora do IF Sudeste MG, optantes em aderir ao Programa de Gestão e Desempenho do Governo Federal na modalidade de teletrabalho. Procedimentos/Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, com abordagem qualitativa de caráter descritivo. Dividida em duas etapas, primeiramente foi utilizada como procedimento metodológico a técnica de entrevistas semiestruturadas com os gestores do campus Juiz de Fora do IF Sudeste MG e a aplicação de questionário junto aos servidores TAEs do campus. Com base na análise das informações levantadas, juntamente com a pesquisa bibliográfica e documental, partiu-se para a segunda etapa, que foi a proposição de um programa de capacitação destinado à preparação e qualificação dos gestores e dos servidores TAEs do campus optantes pela adesão ao Programa de Gestão e Desempenho na modalidade de teletrabalho. Resultados: Os resultados desta pesquisa evidenciam que o desenvolvimento das atividades laborais dos servidores TAEs do campus Juiz de Fora do IF Sudeste MG sob o regime de teletrabalho acarretou uma série de impactos, tanto positivos quanto negativos. Detectou-se que não houve qualquer tipo de preparação ou treinamento para que os servidores pudessem exercer suas atividades laborais de forma remota. Também, foi apurado dentre os servidores TAEs que mais de dois terços destes atores têm disposição para a adesão à modalidade de teletrabalho do PGD e, que o corpo gerencial é favorável à implantação do PGD no campus. A análise dos resultados desta pesquisa, em conjunto com a revisão bibliográfica, evidencia a necessidade de capacitação da força de trabalho para o ingresso ao novo regime de trabalho e com isso é proposto um programa de capacitação para que os gestores e teletrabalhadores possam se preparar melhor para enfrentar os desafios e melhor usufruir dos benefícios deste novo modelo laboral. Implicações práticas: Acredita-se que um dos fatores para o sucesso do teletrabalho esteja ligado à preparação e qualificação não só dos servidores optantes por este modelo de trabalho, mas também dos gestores da instituição, responsáveis estes, mesmo que não optantes pela adesão ao modelo de teletrabalho, pelo acompanhamento e avaliação do teletrabalho realizado por seus subordinados. Espera-se que a efetiva aplicação do programa de capacitação proposto nesta pesquisa, contribua para a otimização do teletrabalho realizado na instituição, com maior motivação e comprometimento dos participantes com os objetivos institucionais. Vislumbra-se também uma racionalização dos custos institucionais, promoção da gestão por produtividade e elevação da qualidade das entregas dos participantes, além de uma cultura mais orientada a resultados. O impacto estimado é que a organização proporcione relevante aumento na qualidade dos serviços prestados à sociedade. Originalidade e contribuições: A produção técnica/tecnológica consistiu-se na proposição de um programa de capacitação para os servidores optantes pelo modelo de teletrabalho do Programa de Gestão e os gestores do campus Juiz de Fora da instituição, aventado com base nas pesquisas bibliográficas, nas legislações vigentes acerca do tema de estudo e nas opiniões coletadas entre os gestores e servidores TAEs em teletrabalho durante o período da pandemia do Covid-19. Tem notável potencial de contribuir com a mitigação de possíveis falhas e atritos entre interesses da instituição e os participantes do teletrabalho. Sua originalidade consiste no fato de existirem raros relatos de programas de capacitação voltados à preparação e qualificação de teletrabalhadores nas organizações públicas que já possuem o teletrabalho formalmente implementado. Possui aderência com a linha de atuação científico tecnológica – LACT 1: Estratégia, Governo e Desenvolvimento, por se tratar de programa de capacitação que visa preparar gestores e servidores para este novo modelo de trabalho. Produção Técnica/Tecnológica: A produção técnica/tecnológica consistiu-se na proposição de um programa de capacitação para a preparação e qualificação de servidores que de alguma forma estão envolvidos com a modalidade de teletrabalho do Programa de Gestão e Desempenho. Desta forma, se enquadra como processo de gestão, pertencente ao Eixo 1 – Produtos e Processos. Quanto à sua aplicabilidade, pode ser utilizado para otimização deste modelo de trabalho e, ainda, ser replicado para outros campi ou outras instituições similares que tenham interesse em utilizá-lo. Trata-se de uma produção de baixo custo e moderada complexidade, sua inovação se caracteriza pelo fato de a instituição não possuir programa de treinamento e capacitação para o teletrabalho