Do plano-sequência ao fluxo: aspectos narrativos, temporais e estilísticos no plano de longa duração no cinema contemporâneo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Orsini, Gian Filipe Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21701
Resumo: Através de uma investigação com foco sobre o plano-sequência, o presente trabalho busca compreender questões narrativas, temporais e estilísticas deste recurso e em narrativas realizadas inteiramente neste formato. Os exemplos trabalhados ao longo de nossa pesquisa, utilizam o plano-sequência chamam atenção não apenas pelo exercício de estilo, mas, também pelos múltiplos empregos e como suas narrativas abarcam variações temporais mesmo com a ausência de cortes, elipses que, através de outros recursos, garantem uma permanente reorganização da diegese e afetam o ideal baziniano sobre o realismo. Os exemplos trazidos durante nossa pesquisa mostram que o próprio processo de síntese do tempo no cinema evidencia uma manipulação temporal, desvinculando o plano-sequência do tempo ―real‖, demarcando que a montagem não está necessariamente ligada ao corte e sim presente no recurso por meio de substitutos funcionais. Ao identificar a relação não equivalente entre os tempos diegético e absoluto nesses filmes, é possível detectar que é também ilusória essa sensação de tempo presente no plano-sequência e, assim, demonstrar que o recurso e cronologia não são fatores que estão necessariamente interligados. Por fim, buscamos assinalar pontos que distanciam o plano sequência dos longos planos de longa duração inscritos no fluxo temporal.