Vigilância de genótipos do papilomavírus humano e alterações citológicas em mulheres que vivem com o vírus da imunodeficiência humana durante 4 anos de vacinação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Milena Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HPV
HIV
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35231
Resumo: Introdução: O Papilomavírus Humano (HPV) é um vírus sexualmente transmissível e causador do câncer cervical, umas das formas de câncer mais prevalentes em mulheres no mundo. As mulheres que vivem com HIV (MVHA) apresentam taxas mais elevadas e aceleradas de desenvolvimento do câncer cervical por conta do imunocomprometimento mediado por ele. Objetivo: Investigar os genótipos circulantes do HPV após quatro anos (2014 – 2018) da vacinação quadrivalente contra o HPV (4vHPV) em MVHA atendidas no Centro de Doenças Infecto-Parasitárias (CEDIP) de Campos dos Goytacazes – Rio de Janeiro. Metodologia: O estudo foi composto por dois momentos: T1 (2014) - 1o coleta e vacinação (três doses); e T2 (2018) - 2o coleta. Através da consulta dos prontuários obtivemos acesso ao diagnóstico do exame Papanicolau. A frequência da infecção pelo HPV foi avaliada através da técnica de Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR). Para a genotipagem molecular foi utilizada a hibridização em microarranjo de DNA. As correlações com p<0.05 foram consideradas estatisticamente significativas, com intervalos de confiança de 95%. Resultados: Entre as 156 MVHA que receberam a 4vHPV em T1, 30 (19,2%) foram inicialmente encontradas com DNA-HPV. Após a vacinação, apenas 3 (7%) daquelas que eram negativas para HPV em T1 testaram positivo para o HPV. No exame de Papanicolau, a maioria das mulheres com detecção positiva para DNA-HPV em T1 apresentaram resultados ainda normais. No entanto, esta coorte demonstrou um aumento significativo nos casos de ASCUS (Atipias de Células Escamosas de Significado Indeterminado) e NIC (Neoplasia Intraepitelial Cervical) também em amostras de DNA-HPV negativas em PCR em T2, ambos mostrando significância estatística (p<0.01). Por outro lado, as mulheres que inicialmente testaram negativo para DNA-HPV continuaram a exibir resultados normais no exame de Papanicolau em 2018, sendo a diferença estatisticamente significativa (p<0.01). Conclusão: Este estudo ressalta a persistência do HPV em MVHA, apesar da vacinação, e destaca a importância da triagem contínua tanto moleculares quanto citológicas. Os achados também contribuem para a compreensão da eficácia da vacina nessa população, enfatizando a necessidade de estratégias preventivas adaptadas