Avaliação dos níveis de formas solúveis do receptor de produtos finais de glicação avançada em pacientes com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bensusan, Christiane de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5461
Resumo: Introdução: O Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa um importante problema de saúde pública, considerando sua grande morbi/mortalidade, decorrente das complicações crônicas da doença. A formação de produtos finais de glicação avançada (AGE) representa um dos diversos mecanismos fisiopatológicos implicados na gênese das complicações do DM2. Através da ligação dos AGE com os seus receptores teciduais (RAGE) vias intracelulares são ativadas, levando ao aumento da resposta inflamatória e à indução de estresse oxidativo, que culminam com as complicações micro e macrovasculares do DM2. Por outro lado, há um pool de RAGE solúveis (sRAGE), constituído por variantes do RAGE (esRAGE e cRAGE), com capacidade de interagir com os mesmos ligantes do RAGE tecidual, sem, entretanto, desencadear a transdução do sinal intracelular após a sua ligação. Dessa forma, o sRAGE funcionaria como um fator protetor para o desenvolvimento das complicações crônicas do DM2. No entanto, a associação entre os níveis de sRAGE com a presença de complicações micro e acrovasculares do DM2, assim como a associação entre os níveis de sRAGE com o grau de controle glicêmico, não está bem estabelecida, já que os trabalhos existentes na literatura mostram resultados divergentes. Objetivos: O presente estudo visou compreender melhor as correlações entre os níveis de sRAGE, as complicações crônicas do DM2 e o controle glicêmico, através da avaliação de pacientes DM2 acompanhados no Hospital Universitário Antônio Pedro. Métodos: Foram incluídos 89 pacientes DM2, 43 com complicações e 46 sem complicações. Cada um desses dois grupos pacientes foi subdividido, de acordo com o controle glicêmico, em outros 3 subgrupos. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação clínica e laboratorial, com dosagem de sRAGE e hemoglobina glicada. O sRAGE foi mensurado no soro dos pacientes utilizando-se o teste imunoenzimático ELISA. Resultados: Não foi encontrada diferença estatisticamente significativa nos níveis de sRAGE plasmático entre os pacientes DM2 com e sem complicações microvasculares do DM2, bem como não foi constatada correlação do sRAGE com o controle glicêmico. Conclusão: Novos estudos são necessários para melhor elucidar os mecanismos envolvidos na produção e regulação da concentração das formas solúveis do RAGE e esclarecer a relação de causa-efeito entre os níveis séricos do sRAGE e as complicações crônicas do DM2