Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Vânia Grace Alves Batista Quintão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27694
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Resumo: |
Esta pesquisa traz um debate sobre o teletrabalho e seus rebatimentos na vida das mulheres teletrabalhadoras, tendo como ponto de partida a divisão sexual do trabalho, discutindo não só o trabalho no bojo de uma sociedade capitalista, mas a relação mulher x trabalho neste modelo econômico. Para tal, compreendendo a ostensiva neoliberal nas últimas décadas pelo prisma da reestruturação produtiva, considerando a pandemia do COVID-19 e a oportuna ascensão e fortalecimento da modalidade do teletrabalho como estratégia neoliberal dentro do seu projeto de fragilização e desmantelamento da proteção social ao trabalhador. Para melhor compreender a relação mulher x trabalho a pesquisa fez uso da interseccionalidade como instrumento de análise, promovendo uma reflexão para além das questões de classe, mas, sobretudo dos atravessamentos de gênero e raça. Neste sentido pode-se destacar, em relação ao gênero, o acúmulo de tarefas, na esfera privada, naturalizadas como trabalho não remunerado ao gênero feminino. Este acaba sobrepondo-se ao trabalho remunerado, tradicionalmente reservado ao espaço público. Nos aspectos de raça, o debate contextualiza a conquista de direitos trabalhistas dentro do bojo de uma sociedade escravagista, considerando que esta luta por direitos atravessa a história do país, desde a luta pela resistência negra e abolição da escravatura, bem como pelos vários tipos de feminismos na luta pelos direitos sociais trabalhistas, com destaque ao protagonismo do feminismo negro. Para tal, foi realizada uma ampla revisão de literatura sobre as temáticas e entrevistas com mulheres teletrabalhadoras, a partir de perguntas semi-estruturadas, com vistas a compreender os desafios destas em relação à sua condição de teletrabalhadoras, suas múltiplas responsabilidades nos espaços públicos e privados, a diminuição da relação espaço-tempo e o acúmulo de trabalho que aumenta a sobrecarga para estas mulheres. Finaliza com uma reflexão sobre quais devem ser os caminhos de enfrentamento e resistência da classe trabalhadora frente a esta modalidade de trabalho e ao desmantelamento de direitos e proteção social, em especial no que tange às mulheres teletrabalhadoras. |