Política como produto: Pra frente Brasil e o cinema de Roberto Farias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Guedes, Wallace Andrioli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14030
Resumo: Este estudo busca compreender a trajetória do cineasta Roberto Farias em suas múltiplas complexidades, com especial enfoque no filme Pra frente Brasil (1982). Realizado nos anos finais da ditadura militar brasileira (1964-1985), momento em que o próprio Farias voltava a exercer o ofício de diretor de cinema, após bem-sucedida atuação no comando da estatal Embrafilme durante o governo do general Ernesto Geisel (1974-1979), Pra frente Brasil foi censurado por razões políticas. A partir dessa aparente contradição, de um profissional que fez parte do aparato estatal durante o regime ditatorial ter uma obra sua vetada por esse mesmo regime – e num contexto de abertura política –, busca-se, primeiramente, analisar a fundo o filme em questão, seus aspectos estéticos, narrativos e políticos, para compreender sua inserção e impacto no Brasil de 1982/1983 (capítulo 1); em seguida, discute-se em detalhes seu longo e controverso processo censório, em diálogo com as transformações por que passava também a Censura naqueles anos de transição (capítulo 2); num terceiro momento, abre-se o leque analítico para a trajetória profissional de Farias, destacando os filmes que dirigiu (capítulo 3) e sua atuação à frente da Embrafilme (capítulo 4). É importante destacar que, mesmo com esse movimento de ampliação do olhar, Pra frente Brasil permanece no horizonte: propõe-se aqui um diálogo constante e complexo entre o filme e os elementos externos a ele, que permita compreender até que ponto sua realização significou de fato uma ruptura na carreira de Roberto Farias.